“Não é o último combate”, resumiu o colunista da Revista Oeste Augusto Nunes, ao comentar a vitória de Lula. “Diante da volta de um ladrão, temos duas opções: capitular ou combater”, observou. “Porque eles avançam.” Segundo Augusto Nunes, os eleitores do presidente Jair Bolsonaro não podem desanimar, porque, caso contrário, as derrotas vão continuar.
Lula chega ao Palácio do Planalto com a votação mais apertada desde o fim do período do governo militar. A diferença para Bolsonaro foi voto a voto, e Lula obteve menos de 1% de diferença nas urnas. Com o placar sacramentado, Lula é eleito para seu terceiro mandato como chefe do Executivo, depois de governar o Brasil entre 2003 a 2010.
Por determinação do então juiz da Lava Jato Sergio Moro (União-PR), o petista foi condenado, em virtude de envolvimento em escândalos de corrupção. Lula saiu da cadeia, graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Diferentemente do que afirma, Lula não conseguiu a absolvição da Justiça.
Entre 2017 e 2019, o petista foi condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, em três instâncias, julgado por nove juízes, mas em 2021 teve as sentenças anuladas pelo ministro do STF Edson Fachin, por causa de um entendimento de erro processual de foro.
Em junho de 2021, o STF considerou Moro parcial no caso do triplex e anulou também aquela condenação. O entendimento sobre a parcialidade se estendeu a outros processos, e todas as ações voltaram à estaca zero. Os procedimentos não significam que o petista tenha sido absolvido, visto que as decisões foram por anulação e arquivamento das sentenças.
Das 11 acusações mais conhecidas de que Lula foi alvo da Justiça durante o período em que foi presidente da República, o petista só conseguiu ser absolvido em três, isso porque faltaram provas. As demais todas se incluem nos casos de arquivamentos, erros processuais ou foram suspensas.
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