Reinaldo Azevedo: do “petralhismo” à defesa de Lula – um camaleão jornalístico de credibilidade zero

Por Cidadão do Tempo

13/08/2025 21h03 - Atualizado há 22 horas

Poucos nomes na imprensa brasileira ilustram tão bem a metamorfose ideológica e a contradição de posicionamentos quanto Reinaldo Azevedo. De militante trotskista nos tempos de juventude, passando por um longo período como símbolo do antipetismo mais virulento na revista Veja, até se tornar defensor do voto em Lula no segundo turno de 2022, Azevedo construiu um histórico de guinadas que alimentam questionamentos sobre sua coerência e credibilidade.

Do trotskismo ao conservadorismo feroz

Nos anos 1980, Azevedo integrava a Libelu, ala trotskista da esquerda estudantil. Com o tempo, abandonou o marxismo e adotou o conservadorismo, tornando-se um dos maiores críticos do PT. No auge de sua militância antipetista, cunhou o termo “petralha” e publicou livros atacando o partido, sendo considerado um dos articulistas mais alinhados à direita liberal e aos setores contrários à esquerda no Brasil.

O rompimento com a Lava Jato e a guinada

A ruptura mais notável ocorreu em 2017, quando deixou Veja e a Jovem Pan após críticas à Operação Lava Jato. Na nova fase, passou a questionar o trabalho de procuradores e juízes que antes defendia. Sua retórica mudou radicalmente: de atacar a esquerda por corrupção, passou a minimizar ou relativizar ações que antes apontava como escândalos imperdoáveis.

Da oposição ferrenha ao apoio a Lula

O ponto mais controverso dessa trajetória foi o apoio declarado a Lula contra Jair Bolsonaro em 2022. Para críticos, Azevedo abandonou não apenas a linha editorial que o consagrou, mas também os princípios que dizia defender, tornando-se um comentarista que molda sua narrativa conforme a conveniência política do momento.

O “camaleão” da imprensa

Mudanças de opinião são naturais no jornalismo opinativo, mas no caso de Azevedo, as viradas são tão radicais que sugerem não evolução, mas oportunismo. Sua postura atual, que o coloca como um centrista crítico da direita bolsonarista e tolerante com figuras antes demonizadas, levanta suspeitas sobre qual será sua próxima transformação ideológica.

Credibilidade em xeque

Para muitos leitores e ouvintes, o jornalista tornou-se um verdadeiro “camaleão” da mídia: muda de cor para se adaptar ao ambiente, sem compromisso duradouro com qualquer causa ou valor político. O resultado é um histórico que mina sua credibilidade e deixa no ar a pergunta: qual será o próximo personagem que Reinaldo Azevedo irá interpretar?