Com a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou o direito de fazer sua 11ª indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) ao longo de seus três mandatos no Palácio do Planalto.
Das dez indicações anteriores do petista, quatro ainda permanecem na Corte:
Cármen Lúcia, indicada no primeiro mandato;
Dias Toffoli, nomeado no segundo;
Cristiano Zanin e Flávio Dino, ambos escolhidos no atual governo.
Além deles, Lula também foi responsável por nomear outros seis ministros que já deixaram o Tribunal: Cezar Peluso, Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Eros Grau, Ricardo Lewandowski e Menezes Direito.
A saída de Barroso, anunciada nesta quinta-feira (9), abre uma nova disputa política em Brasília. Dois nomes despontam como favoritos para ocupar a vaga: o atual advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Nos bastidores, também há pressão para que Lula indique uma mulher, o que equilibraria a representatividade de gênero na Corte. O próprio Barroso, ao comunicar sua decisão, afirmou ser “simpático à ideia” de ver uma mulher ocupar seu lugar.
Aos 63 anos, Barroso poderia permanecer no STF até março de 2033, quando completaria 75 anos, idade limite para a aposentadoria compulsória. Sua saída antecipada, porém, é interpretada como uma tentativa de garantir a renovação do Tribunal ainda durante o governo Lula, consolidando o domínio da esquerda sobre o Supremo.