VAIDADE E DESUNIÃO: FIGUEIREDO E CHIQUINI SE ATACAM E ENFRAQUECEM A DIREITA BRASILEIRA

    21/10/2025 04h27 - Atualizado há 3 semanas

    O episódio envolvendo o jornalista Paulo Figueiredo e o advogado Jeffrey Chiquini é mais do que uma briga pessoal — é um retrato nítido da imaturidade política e da falta de unidade que têm corroído o campo conservador brasileiro. O embate público, marcado por insultos, ofensas e disputas de protagonismo, expõe uma direita fragmentada, que parece mais preocupada com o brilho individual do que com o fortalecimento das causas que diz defender.

    Ataques mútuos e discursos vazios

    A discussão teve início após Figueiredo minimizar a gravidade do caso de Filipe Martins, sugerindo que a inserção irregular de dados no sistema migratório dos EUA poderia ter sido apenas um erro burocrático. A declaração irritou Chiquini, advogado de Martins, que baseia sua defesa na tese de uma perseguição política orquestrada.
    O que poderia ter sido um debate racional sobre fatos jurídicos e geopolíticos acabou se transformando num espetáculo lamentável de vaidades em choque, transmitido ao vivo, com direito a xingamentos e acusações pessoais — um show de descontrole que só serviu para alimentar o descrédito público sobre a própria direita.

    Chiquini: a retórica do salvador em campanha

    Jeffrey Chiquini tenta se colocar como defensor da liberdade e dos “heróis da direita”, mas sua postura teatral e seus discursos inflamados têm cada vez mais tom de campanha eleitoral disfarçada de ativismo jurídico. O advogado, que tem planos políticos conhecidos, parece usar o caso de Filipe Martins como trampolim para autopromoção. Sua busca por holofotes enfraquece a seriedade das denúncias que representa e faz parecer que a causa é apenas mais uma bandeira de marketing.

    Figueiredo: o moralista que alimenta divisões

    Por outro lado, Paulo Figueiredo mantém o hábito de disparar contra antigos aliados sempre que contrariado. Sua arrogância pública, misturada ao moralismo de palco, o transformou em um símbolo da desagregação interna da direita. Ao invés de unir forças em torno de pautas comuns, Figueiredo prefere colecionar inimizades e criar cisões, o que enfraquece o movimento que afirma representar.
    A cada novo embate, sua imagem de “voz firme do conservadorismo” se desgasta, convertendo-se em mais um influenciador movido por ego e ressentimento.

    O maior beneficiado: o sistema que a direita diz combater

    Enquanto Figueiredo e Chiquini se digladiam em público, a esquerda e o sistema que a sustenta seguem avançando — fortalecidos pela desorganização e pelo divisionismo que consome o outro lado. Em vez de expor as falhas e abusos do poder, as figuras que deveriam representar a resistência acabam entregando munição gratuita aos adversários.
    Essas brigas públicas fragilizam a credibilidade do movimento conservador e desviam o foco dos verdadeiros inimigos da liberdade: o autoritarismo judicial, a censura e o aparelhamento estatal.

    Conclusão: quando o ego fala mais alto que a causa

    Figueiredo e Chiquini demonstram que a direita brasileira vive uma crise interna profunda — dominada por personalismos, vaidade e disputas por influência. Ao se atacarem em praça pública, ambos enfraquecem o movimento e fortalecem exatamente aqueles que dizem combater.
    Enquanto continuarem trocando insultos em vez de argumentos, a esquerda e o sistema que ela domina continuarão triunfando — não por mérito, mas pela mediocridade e desunião de seus opositores.


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