Como previsto, o Supremo Tribunal Federal decidiu usar o julgamento do chamado “núcleo de desinformação” como novo instrumento para blindar o regime PT-STF e perpetuar o projeto de poder iniciado nas eleições de 2022. Em mais um espetáculo político travestido de julgamento, a Primeira Turma, por quatro votos a um, condenou todos os sete réus acusados de “descredibilizar o sistema eleitoral” — expressão vaga que, na prática, passou a significar pensar diferente de Alexandre de Moraes.
O ministro, em tom de ameaça, deixou clara a natureza política do veredito:
“Para todos aqueles que insistem em desinformação, para todos aqueles que insistem na formação de discurso de ódio, antidemocrático, todos devem saber que ano que vem, que temos eleições, tanto a Justiça Eleitoral, quanto o Ministério Público, quanto a Justiça como um todo, estarão atentos, já com esse precedente do Supremo Tribunal Federal”, afirmou Moraes.
Essa fala dispensa interpretação: o STF avisa, com antecedência, que as eleições de 2026 serão vigiadas e controladas, sob o pretexto de combater a “desinformação”. Na prática, é o anúncio de que a oposição está proibida de fazer oposição.
Em 2022, o TSE — sob o mesmo comando de Moraes — já havia rasgado a Constituição ao aprovar, sem autorização do Congresso, uma resolução que institucionalizou a censura prévia, bloqueou vozes conservadoras, derrubou perfis de apoiadores de Jair Bolsonaro e baniu da internet toda crítica ao então candidato Lula. Era o embrião do atual sistema de repressão digital, um verdadeiro gabinete da censura.
O escândalo revelado pela Vaza Toga mostrou que o ministro montou um banco ideológico de dados, fichando milhares de brasileiros por sua orientação política — jornalistas, advogados, padres, professores e cidadãos comuns —, numa tentativa de criminalizar o pensamento conservador e garantir o retorno de Lula ao poder.
Agora, mesmo após figurar em sanções internacionais e ser citado na Lei Magnitsky, Moraes demonstra que não recuará. Ao contrário: se consolida como o epicentro de um autoritarismo togado, que ameaça transformar o país em um laboratório de controle social, com censura institucionalizada e punição exemplar a quem ousar divergir.
A condenação imposta nesta semana — sem qualquer base legal, sem tipificação penal e sem respaldo no Congresso — representa o ápice da usurpação de poderes. O STF, ao julgar e condenar com base em conceitos políticos e não em leis, assumiu de vez o papel de legislador, inquisidor e executor, dissolvendo na prática o equilíbrio entre os Poderes.
Fica cada vez mais evidente que não há mais eleições livres num ambiente onde o tribunal que deveria garantir a Constituição se converteu em seu algoz. A democracia virou um simulacro. E, se direita e centro não reagirem, o Brasil afundará definitivamente em um regime de exceção — comandado por juízes militantes e sustentado por um governo de conveniências e chantagens.