Mais uma vez, o Supremo Tribunal Federal — em especial o ministro Alexandre de Moraes — e a Procuradoria-Geral da República mostram que a prioridade em Brasília não é proteger o cidadão de bem, mas blindar criminosos e humilhar as forças de segurança.
Após a grande operação desta terça-feira (28) nas comunidades do Complexo da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que visou capturar chefes de facção e restabelecer a ordem, o STF decidiu “cobrar explicações” do governo estadual.
A decisão de Moraes, que assumiu o controle da chamada ADPF das Favelas, determinando que a PGR se manifeste em 24 horas sobre a ação, soa como mais um capítulo da interferência judicial na segurança pública.
Em vez de reconhecer a gravidade da guerra urbana que o estado enfrenta, o ministro prefere abrir espaço para narrativas que tratam marginais como vítimas e policiais como vilões.
Não é de hoje que o Supremo invade competências que cabem exclusivamente ao Poder Executivo e às forças de segurança.
O Rio de Janeiro, há décadas refém do narcotráfico e das milícias, tenta manter o mínimo de autoridade diante do crime organizado — e cada vez que uma operação bem-sucedida é realizada, surge a reação automática dos tribunais e de órgãos “de direitos humanos” cobrando “explicações” e “limites”.
A Procuradoria-Geral da República, por sua vez, ao invés de agir em sintonia com o combate ao crime, repete o discurso da militância ideológica. O resultado é previsível: impunidade crescente, policiais desmoralizados e criminosos cada vez mais audaciosos.
É revoltante observar que o mesmo STF que fecha os olhos para a violência diária contra cidadãos indefesos, agora se apressa em questionar uma ação legítima do Estado contra o tráfico armado. Mais de 60 suspeitos de envolvimento com facções foram mortos em confrontos diretos — resultado inevitável de quem enfrenta o Estado com fuzis.
Ainda assim, Moraes e a PGR parecem mais preocupados em investigar o governador do que em defender o direito à vida das famílias aterrorizadas pelo crime, em uma atitude que soa a ativismo político em razão das Eleições 2026.
A cada nova decisão como essa, o recado é claro: o policial que age é punido, e o criminoso que atira é tratado como vítima social. É a inversão completa dos valores que deveriam nortear um país sério.
O Supremo Tribunal Federal, hoje, se tornou um poder político acima dos demais. Moraes age como juiz, legislador e executor, determinando o que pode e o que não pode em todos os níveis da República. A PGR, submissa e silenciosa diante de abusos institucionais, cumpre o papel de coadjuvante de um poder que não admite contestação.
Enquanto isso, os governadores, eleitos pelo voto popular, têm suas ações cerceadas e sua autoridade reduzida por decisões monocráticas de um tribunal que vive distante da realidade das ruas — onde o cidadão comum convive com o medo e a violência diária.
A postura do STF e da PGR diante da operação no Rio de Janeiro é mais um sintoma do desequilíbrio entre os poderes.
Ao invés de reconhecer a coragem das forças de segurança que enfrentam facções criminosas armadas até os dentes, preferem atacar o governo estadual e colocar sob suspeita quem tenta restabelecer a lei e a ordem.
O Brasil precisa decidir de que lado está: do lado da Justiça e da segurança, ou do lado da impunidade travestida de “garantia de direitos humanos”.