O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), reuniu-se na manhã desta quarta-feira (29), por videoconferência, com governadores de direita e centro-direita para discutir medidas de apoio ao estado após a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da capital fluminense.
O encontro ocorreu poucas horas depois da reunião de Castro com a cúpula da Segurança Pública. A Operação Contenção resultou na prisão de 81 suspeitos, na apreensão de 93 fuzis e na morte de mais de 100 pessoas — tornando-se a ação policial mais letal da história do Rio de Janeiro.
Entre os participantes da videoconferência está o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que já havia, na terça-feira (28), manifestado solidariedade a Castro e criticado o governo federal pela condução da política de segurança pública.
Na ocasião, Caiado afirmou que a decisão do governador fluminense de enfrentar o crime “recebe o aplauso do Brasil inteiro”. Ele declarou sentir “orgulho das forças de segurança do Rio de Janeiro” e acusou o governo federal de não oferecer estrutura adequada aos estados.
“O brasileiro não suporta mais conviver com esta situação de impunidade, onde traficantes e faccionados se acham no direito de privar as pessoas de sua liberdade, de instalar um verdadeiro Estado do crime, da opressão e da violência em vários territórios deste país”, disse Caiado em vídeo publicado nas redes sociais.
Também na terça-feira (28), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), usou as redes sociais para criticar o Palácio do Planalto e comparar os confrontos no Rio a uma guerra.
“Os episódios de violência no Rio são absurdos. Até drone com granada os traficantes utilizaram”, afirmou o mineiro.
Zema acrescentou que as forças estaduais estão enfrentando “sozinhas facções terroristas” e acusou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, de “criticar em vez de ajudar” o governo fluminense.