A iniciativa, definida em reunião virtual entre governadores de direita e centro-direita, confirmou uma viagem conjunta à capital fluminense nesta quinta-feira (30), no final da tarde — entre 17h30 e 18h. O objetivo é manifestar solidariedade ao governador Cláudio Castro (PL) e discutir estratégias integradas de enfrentamento às facções criminosas que atuam no estado.
“Nossa proposta é que os governos cedam homens de suas polícias, tanto na área de inteligência quanto no efetivo, para auxiliar o Rio de Janeiro neste momento. O combate ao crime organizado não pode ter fronteiras. É uma responsabilidade de todos”, declarou o governador Jorginho Mello (PL-SC).
Segundo o governo catarinense, Jorginho Mello foi designado para liderar a articulação nacional e ampliar o convite a outros governadores. A expectativa é que ao menos dez estados integrem o movimento, reforçando a união federativa diante do avanço da criminalidade no país.
Após o encontro virtual, Jorginho manteve contato direto com Cláudio Castro para ajustar a logística e alinhar os detalhes da reunião presencial no Rio. A comitiva deve apresentar propostas de cooperação imediata, com foco na troca de informações de inteligência, reforço operacional e integração das forças policiais estaduais.
Durante as tratativas, Mello manifestou apoio à proposta do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), que defende endurecer a legislação penal para conter o avanço do crime organizado. O grupo deve pressionar o Congresso Nacional pela aprovação do Projeto de Lei 2428/2025, que equipara ao terrorismo as condutas típicas de facções e milícias, como domínio territorial e ataques a serviços públicos essenciais, com penas mais severas aos envolvidos.
“Santa Catarina está pronta para contribuir com o país. Essa é uma pauta nacional, e não apenas regional. O crime organizado atua sem fronteiras, e nossa resposta também precisa ser integrada”, reforçou o governador catarinense.
A expectativa é que a visita da comitiva de governadores ao Rio de Janeiro simbolize uma resposta institucional e unificada ao crescimento da violência e à ousadia das facções criminosas em todo o território nacional.