Enquanto o Rio de Janeiro ainda se recupera das consequências da maior operação policial de sua história — que resultou em mais de uma centena de mortos e reacendeu o debate sobre o combate ao crime organizado —, a esquerda e seus aliados no Judiciário parecem aproveitar o momento de tensão para abrir nova frente de ataque político: a tentativa de cassação do governador Cláudio Castro (PL).
A senhora Cármen Lúcia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para o próximo 4 de novembro o julgamento de um recurso que pode resultar na cassação do mandato de Castro por suposto abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. A ação, apresentada pelo Ministério Público Eleitoral, já havia sido rejeitada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), mas agora retorna à pauta nacional em um momento claramente oportuno — e politicamente conveniente — para os adversários do governador.
A decisão de pautar o julgamento foi tomada pela relatora do caso, justamente após o episódio que expôs a crise de segurança pública no estado. A coincidência de datas e o timing da manobra não passam despercebidos nem pelos mais ingênuos: a tentativa de criar um ambiente desfavorável ao governador — associado a uma narrativa de “autoritarismo policial” — parece fazer parte de uma estratégia coordenada para enfraquecer a imagem de Castro e do seu grupo político às vésperas das eleições municipais de 2026.
Enquanto o governador defendia as forças de segurança e enfrentava duras críticas do regime petista e de setores da mídia alinhada à esquerda, o Judiciário carioca se moveu silenciosamente para colocar em pauta uma ação que dormia nas gavetas da Justiça Eleitoral.
A marcação apressada do julgamento levanta questionamentos sobre a independência e a neutralidade do Judiciário. O que se vê, mais uma vez, é a atuação de um segmento da Justiça que se mistura com a política e se alinha a uma agenda ideológica.
O discurso de combate ao abuso de poder — tão seletivo quanto conveniente — serve como cortina de fumaça para uma ofensiva política que visa retirar do poder um governador legitimamente eleito pelo voto popular.
A esquerda, derrotada nas urnas do Rio de Janeiro, aposta agora em atalhos jurídicos e interpretações criativas da lei para tentar, no tapetão, o que não conseguiu conquistar nas urnas.
O caso de Cláudio Castro expõe uma tendência cada vez mais perigosa: o uso da Justiça Eleitoral como arma política para neutralizar adversários ideológicos. A pauta marcada para o dia 4 de novembro, logo após a intensa cobertura midiática da operação no Alemão e na Penha, não é coincidência. É cálculo.
A pergunta que fica é simples: se o objetivo fosse realmente a justiça, por que o caso ficou parado e só foi desengavetado justamente agora, em meio ao caos no Rio e à ofensiva narrativa contra o governador?
O Rio de Janeiro precisa de estabilidade, coragem e liderança para enfrentar o crime e recuperar o controle de suas comunidades.
No entanto, o que se vê é uma tentativa sistemática de desmoralizar quem enfrenta o caos, e não quem o provoca.
A esquerda e seus aliados no Judiciário mostram, mais uma vez, que não aceitam perder no voto e tentam reverter nas cortes o que a democracia decidiu nas urnas.
O julgamento do dia 4 de novembro será mais do que um ato jurídico: será um teste de independência institucional e um retrato fiel da guerra política travada dentro dos tribunais do Brasil.