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22/12/2022 às 18h56min - Atualizada em 22/12/2022 às 18h56min

Ruralistas farão oposição a Lula “no que for necessário”, diz futuro presidente da bancada

RURALISTAS NÃO QUEREM LULA DE FORMA ALGUMA

O deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) assume em fevereiro a presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a bancada ruralista, segmento importante do Congresso Nacional e que representa um dos braços de maior relevância da economia brasileira. O setor apoiou em peso Jair Bolsonaro (PL) nas duas últimas campanhas presidenciais e, de acordo com o deputado, deve agora fazer oposição ao possível governo Lula (PT), "no que for necessário".

Lupion disse que o segmento tem "afinidade ideológica" com Bolsonaro e assegura que no governo do atual presidente diversas conquistas foram obtidas, como a abertura de mais mercados no exterior, o enfraquecimento de movimentos sociais e o aumento da segurança no campo.

Disse que vê com bons olhos alguns dos nomes cotados para assumir o Ministério da Agricultura da gestão petista, como o senador Carlos Fávaro (PSD-MT) e o deputado Neri Geller (PP-MT). Lupion afirma que outro nome cotado, o do também deputado Sérgio Souza (MDB-PR), "seria um sonho" para o setor. Souza é o atual presidente da FPA.

Lupion é crítico à PEC fura-teto, considerada por ele um "cheque em branco" para Lula e que tem, segundo ele, o defeito de assegurar poucos recursos ao agronegócio.

O futuro presidente da FPA disse ainda que a bancada apoia a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) à Presidência da Câmara e que enxerga o setor dividido em relação à disputa para o comando do Senado - parte dos parlamentares defende a recondução de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), enquanto outros preferem Rogério Marinho (PL-RN).

O senhor apoiou Bolsonaro, assim como a maior parte dos membros da bancada ruralista. A FPA vai ser uma entidade de oposição ao governo Lula?

Pedro Lupion: No que for necessário, sim. No que for possível, não. O nosso papel é de proteger o setor, de defender os interesses de um setor da economia. Nós somos a bancada ruralista, a gente tem que defender o produtor rural. No que tiver ataque ao nosso setor, seja no direito à propriedade, seja em legislação, seja em prejuízo aos avanços do nosso setor, a gente tem que reagir. Agora, é óbvio que nossa responsabilidade como políticos lá é a criação de pontes para, obviamente, ter um relacionamento melhor e atingir nossos objetivos. Mas, se radicalizarem, a gente também tem que radicalizar.

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