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18/04/2023 às 14h31min - Atualizada em 18/04/2023 às 14h31min

Comando Vermelho estava inserido completamente em Santa Catarina, revela megaoperação

A prisão do empresário catarinense Ruan Arno Brockveld, filho de um vereador de SC, em fevereiro de 2022, foi o estopim para uma megaoperação da Polícia Federal realizada nesta terça-feira (18), com o objetivo de combater o tráfico de armas, drogas e lavagem de dinheiro no Brasil. Brockveld, de 24 anos, foi preso após ser flagrado com uma carga milionária de cocaína que seria enviada ao Rio de Janeiro.

No ano passado, a polícia apreendeu 725 quilos de cocaína em um apartamento alugado por Brockveld em Balneário Piçarras e mais uma quantidade de entorpecentes em sua residência em Navegantes. O empresário, que acabou condenado a 20 anos de prisão, alegou que apenas guardava o material, mas a Polícia Federal (PF) sustenta que ele também traficava.

A partir da quebra do sigilo telefônico de Brockveld, novos nomes surgiram e entraram na mira dos investigadores, segundo o delegado Alessandro Netto Vieira. Isso levou à prisão de 15 pessoas nesta terça-feira (18), muitas delas amigos de infância do empresário. Elas estariam envolvidas no envio de um arsenal de armas para a Baixada Fluminense no fim de 2021.

Na ocasião, a Polícia Rodoviária Federal interceptou uma Fiorino na Rodovia Presidente Dutra e apreendeu 35 pistolas calibre 9mm, dois fuzis calibre 762, quatro fuzis calibre 556, 100 munições calibre 45, 75 carregadores de calibres diversos e cerca de 570 quilos de maconha. Conforme Vieira, Brockveld atuava apenas no tráfico de drogas.

Segundo o investigador, essa operação de venda de armas, drogas e lavagem de dinheiro ocorria totalmente em território catarinense. As armas eram compradas em regiões de fronteira e depois negociadas via WhatsApp com criminosos.

A operação Facção Litoral, comandada pelo núcleo de Itajaí e com apoio da Justiça de Balneário Piçarras, cumpriu 15 ordens de prisão e 28 mandados de busca e apreensão nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema, Camboriú, Navegantes, Balneário Piçarras, Penha, Florianópolis e Apiúna. Também estão sendo executados 12 mandados de sequestro de imóveis e 36 mandados de sequestro de veículos e embarcações, totalizando mais de R$ 37 milhões em bens apreendidos. Entre os veículos apreendidos está uma luxuosa Ferrari.

Nesta manhã, também estão sendo realizados bloqueios de contas bancárias de 32 pessoas físicas e jurídicas, com valores ainda a serem apurados pelos investigadores. Os celulares apreendidos ao longo do dia serão periciados para identificar outros envolvidos nos crimes.

A operação tem como foco desarticular essa rede criminosa que atua nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Segundo o delegado Alessandro Netto Vieira, todo o ciclo dessa cadeia criminosa começava e terminava em SC. "Os criminosos estão aqui, daqui negociam a compra desse armamento e dessa droga, trazem para cá, escondem, renegociam e fazem a distribuição para grandes cidades do Brasil, para facções criminosas. Eles vendem armas para o Rio de Janeiro, Florianópolis, Rio Grande do Sul", explica Vieira.

A prisão de Ruan Arno Brockveld e a operação Facção Litoral reforçam a importância do combate ao tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro, não apenas no estado de Santa Catarina, mas em todo o Brasil. A atuação conjunta das autoridades policiais e judiciárias tem sido fundamental para desmantelar essas redes criminosas e enfraquecer o poder de atuação das facções envolvidas.

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