Em Santa Catarina, 15 dos 295 prefeitos atuais estão detidos por envolvimento em esquemas fraudulentos no serviço de coleta de lixo, representando 5% dos prefeitos do estado. As prisões ocorreram entre a primeira e a quarta fase da Operação Mensageiro, conduzida pelo Ministério Público e iniciada em dezembro do ano passado.
Os prefeitos presos são filiados a partidos como PP, Patriota, Podemos, PSD, MDB, PL e Republicanos. Após a prisão de mais oito prefeitos nesta quinta-feira, uma audiência foi realizada em Florianópolis, durante a qual as prisões foram mantidas após cinco horas de análises. Os interrogatórios dos prefeitos devem ocorrer na próxima semana.
O prefeito de Guaramirim, Luis Antonio Chiodini (PP), teve sua prisão preventiva decretada, mas encontra-se foragido, já que está em viagem para a Inglaterra.
Nas três fases anteriores da operação, sete prefeitos já haviam sido presos. Quatro deles foram detidos na primeira fase, em 6 de dezembro de 2022, e dois na segunda fase, em 2 de fevereiro deste ano. Na terceira fase, o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), foi preso preventivamente.
Todos os detidos estão atrás das grades, exceto o prefeito de Lages, Antônio Ceron (PSD), que, devido a problemas de saúde, utiliza tornozeleira eletrônica e está sendo monitorado fora da prisão.
A investigação, iniciada há quase dois anos, revelou que os prefeitos recebiam propinas para direcionar o resultado de licitações de empresas responsáveis pela coleta de lixo nas cidades. Eles são investigados por fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo.
