Ao todo, nesta semana, o Congresso deve instalar quatro Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs) na Casa. Na terça-feira 16, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), pretende instaurar a CPI do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a CPI das Apostas e a CPI da Americanas.
Já na quarta-feira 17, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve instalar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. O ato depende das indicações dos membros por partes dos líderes. Entre as quatro comissões, a CPMI do 8 de janeiro é a que o governo mais teme.
O motivo é simples, a gestão petista parece não estar mais tão “interessada” na investigação e enrola para indicar os nomes que vão compor o colegiado. A maioria dos blocos e dos partidos já indicou ou sinalizou os parlamentares que farão parte da CPMI, menos o Bloco Resistência Democrática — composto de partidos que são base do governo petista.
Nos bastidores, os partidos mais ligados à base governista estão articulando com Pacheco sobre a instalação da CPMI. Inicialmente, o líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que a instauração do colegiado aconteceria nesta semana.
Em entrevista ao Jornal Gente, da BandNews, nesta segunda-feira, 15, o presidente da Câmara destacou a importância de o Congresso “se posicionar” e de os partidos indicarem os nomes que vão compor a comissão.