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09/08/2023 às 12h50min - Atualizada em 09/08/2023 às 12h50min

Forças de segurança pública do Brasil visitam Brusque para participar de curso inédito em Santa Catarina

Por Otávio Timm - OMunicípio

Aconteceu na manhã desta quarta-feira, 9, a abertura do curso de multiplicador de atendimento pré-hospitalar (APH) policial em Brusque. A turma, que é a primeira de Santa Catarina, é formada por policiais de todo o Brasil e de diversas categorias. O cerimonial aconteceu no auditório da Uniasselvi, no Centro.

O curso vai até o dia 20 de agosto. Até o dia 18, acontece na Uniasselvi, nos dias 19 e 20 ele é ministrado na Unifebe. Entre as corporações de Brusque participantes estão o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil. Entre os alunos há oficiais também do BOPE, Polícia Científica e outras categorias especiais.

O que é?

O treinamento tem como objetivo capacitar os militares em técnicas de primeiros socorros aplicadas em situações de combate e emergências, visando garantir um atendimento rápido e eficaz em situações de risco.

Carlos Rodrigo da Silva, subtenente do Corpo de Bombeiros de Brusque, representou a corporação e o capitão Basílio no evento. Para Carlos, é preciso entender as diferenças das técnicas de APH utilizadas.

“Fomos procurados para auxiliar eles na parte de estágio. Eles vão observar o nosso trabalho no dia a dia, para que possam comparar e entender a diferença do APH nosso tradicional do APH de combate. No nosso atendimento temos mais tempo, conseguimos atender o paciente com mais tranquilidade. As lesões costumam ser diferentes. Já os policiais trabalham mais no objetivo de estancar hemorragias (geralmente por marcas de tiro), utilizando geralmente torniquetes”, diz Carlos.

Qual a dinâmica do curso?

Filipe de Souza é médico e trabalha na ambulância avançada de rodovia. Instrutor de APH em combate e APH Civil, também trabalha na regulação de saúde. Atualmente é coordenador do curso de multiplicadores institucionais do protocolo Marc 1 (que é ministrado no curso). 

Ele explica que a estrutura do comitê brasileiro de APH em combate é não-governamental, mas é privada e sem fins lucrativos. Ela é composta por vários alunos chamados de ‘cobras’, que foram formados nas duas turmas de pós-graduação. Os alunos são distribuídos em todos os estados do país e cada região, sob demanda, solicita o curso.

“Como não temos quantidade ideal de instrutores formados na pós-graduação, temos essa sistemática de multiplicação de conteúdo, ou seja, formar esses instrutores para que levem o conhecimento até seus postos, multiplicando de fato o conhecimento”, comenta Filipe.

O médico lembra que o atendimento de combate não é voltado ao civil, mas sim aos profissionais de segurança pública. Cada estado faz a solicitação ao comitê, e cabe ao órgão delegar os instrutores (cobras formados) para coordenar os cursos.

Cronograma do curso

O protocolo Marc 1 citado por Filipe, deriva de outro protocolo americano, porém que foi adaptado para a realidade jurídica brasileira.

“Na formação passamos uma parte didática do ensino, não da APH. Passamos como serão montadas as oficinas e as dinâmicas. Eles precisam passar por isso para solidificar o conteúdo. Há também uma prova teórica com uma média, se o aluno não passar, ele não forma”, complementa o médico.

“Conseguimos passar um conteúdo denso dentro de 16 horas de aula. O aluno sai daqui tendo condições de fazer o uso das ferramentas de forma correta e de executar as técnicas da melhor forma possível. Felizmente, a busca pelo APH em combate é grande e os oficiais estão enxergando essa necessidade. Queremos que eles saiam daqui com condições para multiplicar o conhecimento, padronizando esse tipo de atendimento em todo o país”, conclui.

Parceria

O comandante da Polícia Militar de Brusque, Pedro Machado, comentou sobre o curso e ressaltou a parceria entre os profissionais de segurança pública. 

“A iniciativa é da Polícia Civil de Brusque e nos foram oferecidas vagas. O curso é de capacitação e o conhecimento é de extrema importância. Saber atender o seu companheiro em um momento de combate é preciso. Estamos dando todo o suporte possível, tanto que há policiais de todo o Brasil alojados no nosso batalhão”, diz o comandante. 

O delegado regional Fernando De Faveri, responsável pela 17ª DRP, também esteve no evento e comemorou o sucesso da organização feita pela Polícia Civil de Brusque. 

“É uma honra receber policiais do Brasil inteiro. A ideia surgiu na Polícia Civil de Brusque em contato com profissionais da área médica. Com o consenso foi possível trazer o curso para Brusque. A união entre os órgãos foi essencial, já que é isso que fez Brusque ser uma das cidades mais seguras do país”. 

O delegado ressalta que foi possível, através das parcerias (inclusive privadas), conseguir alojamentos, laboratórios e auditórios.

“Isso qualificou e tornou possível a atividade. Queremos padronizar esse tipo de atendimento em todo o Brasil, essa é a ideia do comitê do curso. Fora que também se cria uma grande rede de contatos. Os policiais de todo o país terão contato mais diretos entre as corporações”.

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