Em uma decisão recente, o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus mais 70 denunciados pelos atos ocorridos em 8 de janeiro deste ano, frequentemente descritos como "golpistas". Entre os novos réus, uma figura chama a atenção: Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, também conhecida “Fátima de Tubarão”.
A maioria do STF formou-se com os votos dos ministros Dias Toffoli, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Roberto Barroso e Luiz Fux, além das ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber, que acompanharam o relator do inquérito. Os ministros André Mendonça e Nunes Marques, indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, também seguiram a decisão, mas com ressalvas, após análise individual das denúncias.
Os réus podem responder por uma variedade de crimes, incluindo associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, ameaça, perseguição, incitação ao crime, dano e dano qualificado. As primeiras ações penais estão previstas para serem julgadas no início de setembro, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) já defendeu a condenação de pelo menos 60 réus.
Fátima de Tubarão se destacou por ter defecado nas dependências do STF durante a invasão, além de quebrar objetos e gritar palavras de ordem como “Vamos quebrar tudo, vamos para a guerra, vou pegar o Xandão agora”. Ela foi presa no final de janeiro e, em março, fez um pedido de prisão domiciliar, alegando a necessidade de cuidar de duas crianças.
