Lula ataca novamente USA para defender o amiguinho Moraes

    02/06/2025 09h37 - Atualizado há 2 semanas

    Em mais um 'ataque de pelhanca', Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou neste domingo (1º) a possibilidade de o governo dos Estados Unidos impor sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em mais um episódio que demonstra a postura do governo brasileiro diante das pressões norte-americanas. Desespero total.

    “Os Estados Unidos querem processar o Alexandre de Moraes porque ele está querendo prender um cara brasileiro - Carlos Bolsonaro -  que está lá nos Estados Unidos fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro”, afirmou Lula, reforçando posição de defesa do ministro e ignorando potenciais efeitos concretos das sanções. A declaração foi durante a convenção nacional do PSB.

    A fala foi uma reação direta ao envio, pelo Departamento de Justiça dos EUA, de uma carta ao STF e ao Ministério da Justiça criticando decisões de Moraes, especificamente a ordem para que a plataforma Rumble bloqueasse o perfil do jornalista Allan dos Santos, residente nos EUA e investigado no Brasil.

    As críticas do Lula - membro e beneficiado desse consórcio que foi criado com membros do STF - , acontecem em meio ao anúncio recente, feito na última quarta-feira (28), pelo secretário de Estado norte-americano Marco Rubio, de que os EUA irão impor restrições de visto a líderes e autoridades estrangeiras acusadas de “cúmplices de censura a norte-americanos”.

    Embora Rubio não tenha mencionado Moraes nominalmente, ele já havia afirmado, em 21 de maio, que o governo Trump analisava aplicar sanções ao ministro, com base na Lei Magnitsky — um instrumento que possui efeitos extraterritoriais relevantes, mesmo quando formalmente não reconhecidos ou ignorados, como fez o chanceler brasileiro Mauro Vieira durante fala à Comissão de Relações Exteriores na semana passada.

    Especialistas vêm alertando que o governo Lula mantém uma estratégia de minimizar ou até ignorar as implicações dessas sanções, reforçando a narrativa que se trata de uma interferência indevida na soberania brasileira, que a lei americana não pode ser aplicada fora do país e evitando reconhecer os potenciais riscos políticos, econômicos e diplomáticos que podem advir dessa rota de colisão com os Estados Unidos.

    Ainda durante discurso no 16º congresso nacional do PSB, Lula alertou sobre a importância estratégica das eleições para o Senado em 2026. Segundo ele, a direita planeja formar uma “superbancada” na Casa, que renovará dois terços das 81 cadeiras, com o objetivo de confrontar a Suprema Corte e avançar com pedidos de impeachment contra ministros, especialmente Alexandre de Moraes. Lula destacou que cabe ao Senado processar e julgar ministros do STF por crimes de responsabilidade, conforme prevê a Constituição.

     Ele pediu ainda que a militância de esquerda reforce sua presença nas redes sociais, aonde a direita tem conseguido maior engajamento, e enfatizou que, para ser candidato à reeleição em 2026, precisa manter sua saúde “100% como está hoje”.


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