Brasília – 07/07/2025 – Uma fala da Rosângela da Silva, a Janja, causou polêmica e reação de líderes religiosos nos últimos dias. Durante o documentário Apocalipse dos Trópicos, dirigido por Petra Costa e lançado na última semana, Janja interrompe o Luiz Inácio Lula da Silva durante uma entrevista e critica a atuação de líderes evangélicos na campanha eleitoral de 2022.
No trecho mais controverso, Janja afirma que “havia gente dando tiro dentro das igrejas”, em referência ao que classificou como um uso político e agressivo da fé por parte de setores religiosos ligados à extrema-direita. Segundo ela, o cenário durante a eleição foi marcado por manipulação de fiéis e intolerância política travestida de pregação religiosa.
“Não era mais religião. Era gente armada ideologicamente, transformando o púlpito num palanque. Isso me preocupou muito”, diz Janja no documentário, que analisa o crescimento da influência política de igrejas evangélicas no Brasil.
A fala provocou reações indignadas entre pastores, parlamentares da bancada evangélica. O pastor Silas Malafaia classificou a declaração como um “ataque frontal à liberdade religiosa” e afirmou que Janja tenta “demonizar os evangélicos por não aceitarem o projeto ideológico da esquerda”.
Nas redes sociais, o vídeo com a fala de Janja viralizou rapidamente, gerando hashtags como #RespeiteOsEvangélicos e #JanjaPreconceituosa, usadas por opositores do governo para criticar o posicionamento da primeira-dama.
O documentário, exibido em salas selecionadas e plataformas digitais, retrata o papel das igrejas evangélicas no processo eleitoral brasileiro, especialmente durante os governos de Bolsonaro. A obra aponta uma fusão entre fé e política, e alerta para o avanço de discursos autoritários travestidos de princípios religiosos. É documentário de esquerda, que acabou por explicitar o ódio deles por quem defende 'Deus, Pátria, Família e Liberdade'.
Apesar dos ataques constantes, o regime do Lula tenta enganar as pessoas, procurando manter pontes com setores do segmento evangélico. No entanto, o desgaste é evidente. Em 2022, Lula teve ampla desvantagem entre os evangélicos.
