Moraes usa pirotecnia jurídica para sustentar tese de “golpe”

Redação BNBrasil

    09/09/2025 11h28 - Atualizado há 9 horas

    Relator do processo contra Bolsonaro transforma sessão em espetáculo, com acusações frágeis e narrativa persecutória

    O julgamento do chamado “núcleo 1” da suposta tentativa de golpe, em andamento no Supremo Tribunal Federal, ganhou contornos de espetáculo nesta terça-feira (9). No centro da cena, Alexandre de Moraes apresenta seu voto recheado de acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, mas sem entregar provas consistentes. O que se está vendo é um show de pirotecnia jurídica, construído para sustentar uma tese frágil e para reforçar sua sanha persecutória.

    Logo no início, Moraes classificou Bolsonaro como líder de uma “organização criminosa” que teria atuado entre 2021 e 2023 com o objetivo de “abolir violentamente” o Estado Democrático de Direito. Para dar corpo a essa versão, encadeou treze episódios distintos — lives, discursos, reuniões ministeriais e até entrevistas — tratando-os como peças de um quebra-cabeça previamente moldado para incriminar o ex-presidente.

    Slides, falas em tom teatral e acusações grandiloquentes compõe a apresentação. A forma se sobrepõe ao conteúdo, evidenciando a tentativa de mascarar com espetáculo a ausência de fundamentos sólidos. Fatos políticos e opiniões passam a ser descritos como “atos executórios” de um suposto golpe, em mais uma manobra para ampliar o alcance da narrativa.

    Entre os exemplos usados por Moraes está o discurso de Bolsonaro no 7 de Setembro de 2021. Para o relator, a fala representou uma “grave ameaça ao Judiciário”. A interpretação, no entanto, revela mais sobre a disposição de transformar críticas em crimes do que sobre qualquer tentativa real de golpe. Se toda contestação ou discurso duro contra ministros se tornar crime, a liberdade de expressão será substituída pela mordaça institucional.

    O julgamento, na prática, não busca apenas responsabilizar Bolsonaro e seus aliados, mas consolidar a versão de que houve um golpe arquitetado e executado. Ainda que as chamadas “provas” apresentadas não passem de fragmentos desconexos e interpretações tendenciosas, Moraes insiste em trocar a toga pelo palco, transformando o Supremo em arena política para sustentar sua cruzada pessoal.


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