Deputado afirma que atual governo colocou o Brasil na rota de inimizade dos Estados Unidos
Durante participação na Alive desta quinta-feira (17), o deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP) afirmou que o governo Lula colocou o Brasil na rota de confronto direto com os Estados Unidos. Segundo ele, há uma escalada já em curso, com base na percepção americana de que o país se tornou um inimigo estratégico.
Luiz Philippe afirmou que a política fiscal e a centralização dos recursos em Brasília alimentam um desequilíbrio federativo, sobretudo entre os estados do Norte e Nordeste e os do Sul e Sudeste. O parlamentar classificou os repasses constantes como fator que fragiliza a autonomia local e reforçou a ideia de que há um movimento crescente de fragmentação interna.
“Você tem estados fracassados, como muitos do Norte e Nordeste, que se não tiver repasse de Brasília, os governadores de lá simplesmente morrem de inanição, não sabem gerir os seus territórios”, disse o deputado. “A gente já está vendo aí a semeadura de uma secessão civil, territorial”.
Sobre o cenário internacional, o parlamentar afirmou que a política externa do governo Lula está empurrando o Brasil para o campo da inimizade com os Estados Unidos. Segundo ele, medidas como a recente imposição de tarifas contra produtos brasileiros, anunciada por Donald Trump, ainda são leves perto do que pode vir.
“É de todo o interesse dos Estados Unidos escalar esse embate. A questão de tarifas não é uma violação de soberania. Isso é uma medida interna dos EUA contra os seus importadores e consumidores”, afirmou.
O deputado destacou que, para o estamento burocrático norte-americano, o Brasil passou da condição de rival para a de inimigo estratégico. Ele também mencionou riscos de medidas mais duras em áreas como telecomunicações, energia elétrica e infraestrutura.
“Eles estão querendo comprar energia elétrica de Itaipu exatamente para negar ao Brasil o futuro desenvolvimento. Isso é estratégia de inimigo”, afirmou. Luiz Philippe também relacionou a postura do STF à mudança de alinhamento geopolítico do Brasil.
“O judiciário brasileiro está em simbiose com o regime chinês. Já mudaram o eixo e o polo de amizades, de influência. O regime brasileiro está levando o país para o status de inimigo morno dos EUA.”
O deputado afirmou que, para os Estados Unidos, a permanência do atual governo no poder representa um risco crescente.
“Quem está comandando o Brasil não é o brasileiro. Quem já está comandando essa agenda, através do próprio Judiciário, é a China e a Rússia.”
Ele alertou que uma reação mais dura por parte dos EUA pode ser questão de tempo.
“Eles vão querer escalar isso muito mais rápido, porque o tempo está favorável nos Estados Unidos. O Brasil não está preparado. E a intervenção de soberania ainda não aconteceu, só pra deixar isso bem claro”.