A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil reagiu às declarações do Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ameaçou punir bancos nacionais caso cumpram sanções estrangeiras sem autorização da Justiça brasileira. O posicionamento foi enviado ao portal Metrópoles nesta quinta-feira (21/8).
Em nota oficial, a representação diplomática em Brasília destacou que Washington mantém firme o “compromisso em responsabilizar violadores de direitos humanos por meio de medidas como as sanções da Lei Global Magnitsky”.
“Essas sanções impostas pela legislação americana são ferramentas essenciais de responsabilização e não podem ser enfraquecidas sem gerar consequências financeiras significativas”, afirmou a embaixada.
“As declarações do ministro Alexandre de Moraes, incluindo as que tratam de exigências para bancos brasileiros, estão fundamentalmente equivocadas e refletem um padrão preocupante de abuso de poder judicial”, completou.
Além de criticar diretamente Moraes, a embaixada questionou também o governo brasileiro:
“Os líderes eleitos do Brasil agirão de forma decisiva para se opor a essa situação?”.
A declaração não especifica a quais “líderes eleitos” os EUA se referem, mas coincide com a ofensiva da oposição no Senado, que tenta pautar o impeachment de Moraes.
Até o momento, parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já reuniram 41 assinaturas em apoio ao pedido. O número, embora expressivo, ainda é simbólico, já que o prosseguimento da medida depende do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil), e uma eventual aprovação exigiria 54 votos no plenário.
*Imagem IA