GRAVÍSSIMO: Polícia Federal teria investigado ministro André Mendonça do STF

    22/08/2025 15h01 - Atualizado há 2 semanas

    A declaração feita pelo advogado Jeffrey Chiquini, nesta sexta-feira (22), acendeu um alerta no cenário político e jurídico brasileiro: segundo ele, a Polícia Federal incluiu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, como alvo de investigação em relatório que também indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro.

    *Tudo isso, por óbvio, por ordem oculta de Alexandre de Moraes.

    O simples fato de a corporação admitir a possibilidade de apuração sobre um integrante da mais alta Corte do país revela a gravidade do momento. Trata-se de um episódio sem precedentes recentes, que coloca em xeque os limites entre poderes, a independência do Judiciário e o próprio papel da Polícia Federal em processos de grande impacto político.

    O que motivou a citação a Mendonça

    De acordo com Chiquini, o nome do ministro apareceu em contexto relacionado a um mandado de segurança relatado por ele no STF, durante um período de recesso em que o ministro Luís Roberto Barroso estava afastado. Segundo o relatório da PF, mensagens apreendidas com Eduardo Bolsonaro comemoravam a relatoria de Mendonça, o que levou os investigadores a levantar a hipótese de que a defesa de Bolsonaro buscava “tumultuar o processo e alterar o curso do julgamento”.

    A partir dessa narrativa, a corporação teria considerado investigar se houve ato de favorecimento processual. O advogado questiona se a iniciativa partiu unicamente da PF ou se houve ordem externa para incluir o ministro.

    Repercussão política e institucional

    O episódio tem potencial explosivo. Pela Constituição, ministros do STF só podem ser responsabilizados por crimes de responsabilidade em processos de impeachment no Senado ou, em caso de crimes comuns, com autorização da própria Corte. O envolvimento da Polícia Federal, portanto, levanta dúvidas sobre a legalidade e a legitimidade dessa apuração.

    Analistas alertam que a situação, se confirmada, abre um perigoso precedente: uma força policial, subordinada ao Executivo, investigando um integrante do Judiciário sem a observância dos ritos constitucionais. Isso pode configurar não apenas um conflito entre instituições, mas também um risco para a estabilidade do Estado de Direito.

    O peso histórico do episódio

    Nunca foi registrado, no período democrático recente, um caso em que a Polícia Federal tenha avançado sobre a figura de um ministro do Supremo. A gravidade não está apenas no nome citado, mas no que isso representa: um choque frontal entre os poderes e a erosão de regras de contenção que garantem equilíbrio na República.

    Seja por iniciativa própria ou sob pressão externa, a simples menção à investigação de um magistrado do STF revela a instabilidade institucional em que o país mergulhou. Para juristas, trata-se de um marco perigoso que, se não for esclarecido com transparência, pode abrir espaço para arbitrariedades e desconfiança generalizada na Justiça.

    O caso precisa ser explicado às claras. Quem ordenou a investigação? Houve base legal para tal medida? Enquanto essas perguntas não forem respondidas, paira sobre o país a imagem de um sistema em que nenhuma instituição respeita mais os limites constitucionais — um terreno fértil para crises ainda maiores.

     

    *Imagem IA


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