Supremo em xeque: novas revelações expõem a face autoritária de Moraes

    09/09/2025 19h25 - Atualizado há 13 horas

    As recentes denúncias do ex-assessor Eduardo Tagliaferro colocam ainda mais combustível no incêndio que já consome a credibilidade do Supremo Tribunal Federal. Em novo vídeo, Tagliaferro apresentou supostos diálogos e documentos que, segundo ele, comprovam que Moraes age sem limites institucionais, conduzindo processos à revelia da PGR, da Polícia Federal e até mesmo das garantias básicas de qualquer democracia.

    Não é a primeira vez que as acusações atingem o ministro. No Senado, na semana passada, Tagliaferro havia detalhado como relatórios eram fabricados dentro do gabinete, sempre com a finalidade de justificar perseguições políticas contra opositores. Segundo ele, uma verdadeira “força-tarefa clandestina” foi montada para monitorar cidadãos, criar dossiês e alimentar os inquéritos de “fake news” e “atos antidemocráticos” com material produzido sob medida.

    O que se vê é um padrão que vai muito além do poder de polícia eleitoral ou de uma atuação preventiva do Judiciário. Trata-se de uma escalada autoritária em que Moraes concentra nas próprias mãos o papel de acusador, investigador e juiz. Essa mistura perversa transforma qualquer processo em um teatro de cartas marcadas, onde a condenação já está escrita antes mesmo da defesa ser ouvida.

    A reação oficial do gabinete, repetindo a versão de que tudo seguiu “os trâmites legais”, soa cada vez mais frágil diante das revelações sucessivas. A insistência em blindar o ministro mostra apenas o pânico institucional de que as denúncias encontrem eco dentro e fora do país. A erosão da confiança popular no STF é visível, e a figura de Moraes, em vez de resguardar a Constituição, se tornou sinônimo de arbitrariedade.

    O Brasil assiste, atônito, à consolidação de um poder pessoal que opera acima das regras e das instituições. As denúncias de Tagliaferro podem ser apenas a ponta de um iceberg. A pergunta que ecoa é simples: até quando um único homem poderá manipular o tabuleiro da República sem ser contido?


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