Hugo Motta, o presidente acuado pelo STF, rejeita indicação de Eduardo Bolsonaro

    23/09/2025 20h03 - Atualizado há 2 dias

    O episódio envolvendo a rejeição do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como líder da minoria escancarou, mais uma vez, a fragilidade política e a falta de altivez do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Longe de se portar como a autoridade máxima da Casa, Motta prefere a postura subserviente diante das pressões externas – em especial, as chantagens impostas por Alexandre de Moraes.

    Covardia travestida de liderança

    Em entrevista ao Contexto Metrópoles, Eduardo Bolsonaro não poupou críticas: disse esperar “mais coragem” do presidente da Câmara, que se nega a cumprir o regimento e avalizar sua indicação. A denúncia é clara: Motta seria “refém do regime”, vítima de um processo de intimidação e extorsão que o leva a governar sob medo.

    Na prática, Hugo Motta abdica de sua autonomia institucional para se tornar apenas um executor das vontades de Moraes. Não é a liderança que age, mas a covardia que se disfarça de neutralidade.

    O Parlamento ajoelhado

    A presidência da Câmara não é um cargo de mero cerimonial. Cabe ao seu ocupante ser o guardião da soberania parlamentar e garantir que o Legislativo não seja reduzido a um apêndice do Judiciário.

    No entanto, ao ceder às pressões de Moraes, Motta expõe a Câmara à humilhação: o Parlamento ajoelha-se diante de quem ameaça, em vez de se erguer em defesa da independência dos Poderes.

    O custo da submissão

    Ao negar a liderança da minoria a Eduardo Bolsonaro, Motta não apenas descumpre o regimento interno: ele passa a mensagem de que o Parlamento brasileiro não possui autonomia real, sendo conduzido por forças externas. O preço disso é alto – a erosão da confiança popular no Congresso e a consolidação de um sistema em que o medo substitui a lei.

    Hugo Motta mostra-se incapaz de ser o presidente que o Brasil precisa. Em vez de honrar a cadeira que ocupa, prefere a condição de refém, aceitando as amarras impostas por Moraes e colegas do STF, trocando altivez por obediência.

    Uma escolha que rebaixa o Parlamento e compromete o futuro da democracia brasileira.


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