Publicado em 1949, o clássico 1984, de George Orwell, descreveu um regime totalitário que sufoca liberdades individuais, manipula a informação e vigia todos os cidadãos. Passadas mais de sete décadas, a ficção distópica encontra paralelos preocupantes no Brasil comandado por Lula e sustentado por um Supremo Tribunal Federal (STF) cada vez mais ativista, além de um Congresso acuado.
No universo orwelliano, o Partido monitora cada passo dos cidadãos. No Brasil, o que se vê é o avanço da vigilância digital, com ordens judiciais de bloqueio de perfis, coleta de dados em massa e tentativas de controle das redes sociais por meio de projetos de lei — verdadeiros instrumentos de censura travestidos de regulação. O “Grande Irmão” parece ter sido substituído por um aparato estatal e judicial disposto a vigiar e punir.
Orwell advertiu: “Quem controla o passado controla o futuro; quem controla o presente controla o passado”. O Brasil de hoje ecoa essa máxima, com versões oficiais impostas pelo governo e pelo STF. Notícias divergentes são tachadas de “desinformação” e eliminadas, enquanto narrativas convenientes são reforçadas pela grande mídia e pelo aparato estatal. A democracia perde quando a verdade se torna monopólio de poucos.
Em 1984, o Partido é a autoridade suprema; o Grande Irmão, a figura que paira acima de todos. No Brasil, o STF assume cada vez mais o papel de partido político, legislando e censurando, enquanto Lula se apresenta como líder incontestável de um regime que busca reescrever a história e blindar seus aliados. O Congresso, por sua vez, age como um parlamento submisso, temeroso de contrariar os donos do poder.
Na Oceânia de Orwell, pensar contra o regime é crime. No Brasil, o “crime de opinião” se aproxima da realidade: cidadãos têm contas bloqueadas, jornalistas e opositores são perseguidos, manifestações são cerceadas. A sombra da distopia avança quando o direito de discordar é tratado como ameaça.