O Lula anunciou, há pouco, os nomes que faltavam para compor sua Esplanada com 37 ministérios.
Foram confirmados hoje nomes como o de Simone Tebet (Planejamento), Carlos Fávaro (Agricultura), Marina Silva (Meio Ambiente) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). Na cota pessoal de Lula, foi anunciado o general Gonçalves Dias, como ministro do GSI.
Também foi anunciado como ministro da Integração o governador do Amapá, Waldez Góez (PDT). Apesar de ligado ao partido de Ciro Gomes, ele é tido como da cota de Davi Alcolumbre. A expectativa é que ele se filie ao União Brasil no ano que vem.
“Ele vai ajudar a coordenar a bancada do companheiro Bivar na Câmara e no Senado”, confirmou Lula há pouco.
“Quero agradecer ao senador Alcolumbre pela inteligência de encontrar esse companheiro no Amapá”, declarou Lula, sobre Góez.
Lula pretendia anunciar o primeiro escalão ainda na primeira semana de dezembro. Mas o petista foi obrigado a costurar espaços para aliados, principalmente do MDB, PSD e União Brasil.
No caso do MDB, havia uma dúvida sobre a participação da senadora Simone Tebet. Aliada ao longo da campanha, ela queria, incialmente, ser a titular do ministério do Desenvolvimento Social, mas foi preterida por Wellington Dias. Como solução, o PT ofereceu Meio Ambiente; a parlamentar recusou. No final, ela foi confirmada hoje como Ministra do Planejamento.
O PSD terá três pastas no governo Lula, Agricultura, Meio Ambiente e Pesca; o União Brasil, na reta final, conseguiu emplacar dois ministros. Ambos anunciados hoje: Juscelino Filho (Comunicação) e Daniela do Waguinho (Turismo).
Apesar dessa composição, não há garantias de que isso seja revertido em votos na Câmara e no Senado. No caso do União Brasil, o líder do partido, Elmar Nascimento (BA), já sinalizou que, mesmo com a representação ministerial, não é possível garantir um bloco de apoio na Câmara com todos os 59 deputados.
No Senado, também haverá gargalos como o próprio ex-ministro Sergio Moro, que já se declarou oposição ao novo governo. MDB e PSD também já sinalizaram que terão dissidências pontuais nas duas bancadas.
Apesar desse esforço de composição, estas três siglas devem conseguir aproximadamente 120 votos na Câmara para o futuro governo.
Confira na lista abaixo os nomes e partidos contemplados nesta quinta-feira: