ATAQUE AOS MILITARES: Presidente do PT fala em “insubordinação inadmissível” de comandante do exército demitido

    22/01/2023 10h08 - Atualizado em 22/01/2023 às 10h08
    A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou na noite deste sábado (21), nas redes sociais, que o agora ex-comandante do Exército Júlio Cesar de Arruda adotou uma postura de “insubordinação inadmissível” diante dos ataques à democracia.

    “O presidente Lula atuou mais uma vez com firmeza para garantir a Constituição Federal e as prerrogativas de comandante das Forças Armadas. O comportamento do ex-comandante do Exército caracterizou insubordinação inadmissível perante ameaças à democracia e de partidarização da Força”, afirmou Gleisi na internet.

    A troca no Exército, a principal das três Forças Armadas, ocorreu em meio a uma crise de confiança aberta após os ataques do dia 8 de janeiro, em Brasília.

    Segundo auxiliares do presidente, a decisão foi tomada porque Arruda não demonstrou disposição de tomar providências imediatas para reduzir as desconfianças de Lula em relação a militares do Exército após a invasão do Palácio do Planalto e das sedes do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso.

    “A democracia rejeita qualquer tutela sobre os poderes civis que emanam do voto popular. Crise haveria se o presidente Lula não tivesse atuado em defesa da Constituição”, completou Gleisi.

    Arruda relutou em expor o Comando Militar do Planalto, que no mínimo falhou no dia 8. Ele também estava no comando da Força quando o Exército impediu que a Polícia Militar realizasse prisões de vândalos ainda no dia 8 de janeiro, no acampamento golpista em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.

    De acordo com relatos de aliados de Lula e generais ouvidos pela Folha, a gota d’água para exoneração foi Arruda ter resistido ao pedido de Múcio para que o tenente-coronel Mauro Cid fosse retirado do comando de um batalhão do Exército em Goiânia (GO).

    Cid foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e foi acusado de ser caixa 2 do ex-presidente.

    Na sexta-feira (20), após o portal Metrópoles também noticiar as investigações contra Cid, Lula ordenou a Múcio que o tenente-coronel fosse retirado da função de comando. O ministro da Defesa conversou com Arruda durante a noite e ele, segundo relatos, resistiu à ordem.

    *Créditos: Folha de S. Paulo.

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