O líder da Oposição no Senado, senador Rogério Marinho (PL-RN), encaminhou nesta sexta-feira (24) pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja incluído no Inquérito 4781, que apura a produção de desinformação contra o Judiciário. O motivo da notícia-crime é a fala do presidente de que a operação para desarticular um plano da facção criminosa PCC para matar autoridades era uma “armação” do senador Sérgio Moro.
Na quarta-feira, a Polícia Federal cumpriu uma série de diligências com o objetivo de desarticular um grupo criminoso que “pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro em pelo menos cinco unidades da federação”.
No dia seguinte, Lula duvidou dos fatos descobertos e atribuiu o trabalho da Justiça e da Polícia Federal a uma “armação” do senador Sérgio Moro.
“Questionar o trabalho desenvolvido pela Polícia Federal, pelo Ministério da Justiça e pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, sem qualquer embasamento, é atentar contra as instituições republicanas. O direito à liberdade de expressão do Presidente da República não é absoluto”, afirma o pedido encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes.
“Tais episódios, relatados e provados, demonstram reprovável conduta adotada pelo Exmo. Senhor Presidente da República, de se utilizar das prerrogativas do cargo para divulgar informações falsas e, assim, desacreditar sérias investigações conduzidas pela Polícia Federal e acompanhadas pelo Poder Judiciário Federal, além de atentar contra o exercício do mandato parlamentar de um Senador da República”, acrescenta.
AGU
O senador Rogério Marinho também encaminhou representação à Advocacia Geral da União (AGU), responsável pela Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia, instância destinada ao enfrentamento à desinformação sobre políticas públicas.
Na peça, apresentou novas manifestações de Lula contra Sérgio Moro proferidas nesta semana.