“Depois de resolver que a maior operação anticorrupção da história brasileira não passou de uma farsa, o ministro Dias Toffoli determinou que fossem apontados os “eventuais agentes públicos que atuaram e praticaram os atos relacionados” ao acordo de leniência da Odebrecht e que fossem adotadas “as medidas necessárias para apurar responsabilidades, não apenas na seara funcional, como também nas esferas administrativa, cível e criminal”. Ou seja, quem investigou será investigado e, no limite, quem mandou prender será preso.
O despacho apaixonado do ministro é o derradeiro episódio do aniquilamento da Lava Jato? Nada. Ao que tudo indica, nesta cada vez mais previsível democracia, teremos a cassação do mandato de senador de Sergio Moro pela Justiça Eleitoral. A cassação do mandato de deputado de Deltan Dallagnol não foi suficiente para saciar o desejo de vingança em Brasília.”