Um episódio de violência extrema sacudiu as bases da segurança pública na capital catarinense nesta sexta-feira (3). Tiago Souza do Espírito Santo, identificado como membro de uma facção criminosa local, foi brutalmente assassinado com mais de 50 tiros na Av. Do Antão. A Polícia Militar foi acionada e ao chegar ao local, se deparou com a cena do crime e um veículo Logan prata, reportado como furtado, nas proximidades.
Esta execução é um capítulo recente e alarmante numa série de eventos que vêm instigando temores de uma iminente guerra entre facções em Santa Catarina. A tensão na região já estava elevada devido a um conflito na Favela do Siri, onde após um confronto que resultou na morte de um criminoso, insurgentes provocaram tumultos, incendiando pneus em sinal de protesto. A resposta da Polícia Militar foi rápida e assertiva, culminando na detenção de cinco indivíduos ligados ao ato.
As forças de segurança estão em estado de alerta, especialmente depois dos recentes episódios no “Morro do Horácio”, que já foi palco de uma tentativa de invasão por uma facção de São Paulo, deixando rastros de sua presença através de pichações provocativas. Um informante da PM, sob condição de anonimato, revelou ao JR a crescente preocupação com a escalada de violência: “Está tudo se indicando para uma guerra de facção”.
O cenário é complexo, com a população local presa no fogo cruzado de rivais em busca de domínio territorial. As autoridades continuam suas investigações e ações preventivas, com a operação sem data para terminar, buscando evitar que eventos como o fechamento recente de um baile funk no Morro do Mocotó se transformem em um estopim para confrontos mais abrangentes.
A comunidade de Florianópolis, assim como os órgãos de segurança, está em estado de vigilância. A morte de Tiago Souza do Espírito Santo pode não ser apenas um crime isolado, mas um prenúncio de um conflito maior que pode desestabilizar a já frágil paz nas ruas da cidade.
