Dois irmãos de 7 e 12 anos morreram carbonizados após um incêndio em uma residência registrado durante a madrugada desta terça-feira (7). O fato ocorreu no bairro Parque das Laranjeiras, em Maringá (PR). O irmão mais velho das vítimas, de 18 anos, ao tentar salvar as crianças, sofreu queimaduras em 90% do corpo. Ele foi levado até a Santa Casa de Maringá, enquanto a avó e outro irmão de 9 anos escaparam sem ferimentos.
As crianças, segundo relatos, morreram abraçadas. Os corpos foram encontrados pelos bombeiros. Eles foram identificados como Jean Antônio da Silva, de 12 anos, e Cleber Rogério da Silva, de 7 anos. O fogo, cujas causas ainda são desconhecidas, tomou a casa na rua Pioneiro Lívio Olivo.
Os irmãos, que viviam com a avó e mais dois irmãos, estavam em um cômodo sem janelas, dificultando a fuga. Entre as possíveis causas, especula-se um carregador de celular como o ponto inicial das chamas. Paulo Sérgio, tio das vítimas, descreveu a cena como desesperadora, ressaltando a aflição de ver o sobrinho mais velho tentar, sem sucesso, salvar os irmãos.
“Eu não tenho a mínima ideia. Não sei se foi carregador do celular que ocasionou, eu não sei. Só sei o transtorno, o desespero, né? A gente tentando socorrer e não poder, porque o fogo já tinha se alastrado. Minha mãe gritando aqui na rua e o meu sobrinho mais velho, que foi queimado, tentou entrar pra salvar os irmãozinhos dele, mas já era tarde, o fogo tava muito alto e não tinha o que fazer mais. Só o desespero, aflição demais, porque a gente vê uma pessoa se agonizando na morte e não poder salvar…Não tem palavra pra descrever, não. Não tem palavra pra descrever”, disse ao portal GMC Online.
Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Maringá. Um dos primos, relatou a situação. “[…] minha avó falou assim que ela saiu com o mais velho todo queimado e ele já pegando fogo, aí ela saiu com ele, aí os molequinhos estavam vindo atrás, um estava vindo e o outro que já estava no quarto ainda. Aí a hora que o um foi passar pelo banheiro, tinha um buraco perto da parte do banheiro, ele tropeçou perto da porta do banheiro e caiu. Minha avó saiu junto com o grandão já pegando fogo, aí eles saíram, mas em vez dele sair também correndo atrás, ele com medo voltou do fogo, voltou pra trás, entrou no quarto, aí os dois subiram na cama e abraçaram assim os dois, em cima da cama…aí se abraçaram ali, na hora que pegou no colchão a espuma, aí só Deus, mas não deu pra ouvir mais barulho de socorro nem nada”, contou.
