De autoria do deputado federal Filipe Barros (PL-SP), o pedido de impeachment contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já possui 48 assinaturas
Conforme Barros, ao todo, cerca de 75 parlamentares já o procuraram para assinar o documento, que está em fase final de elaboração.
A Oeste, o deputado disse que o pedido deve ser protocolado na quarta-feira 22. Até lá, Barros pretende angariar cem assinaturas. O pedido de impeachment foi motivado depois que o jornal O Estado de S. Paulo noticiou que dois assessores de Dino receberam Luciane Barbosa Farias, mulher do líder do Comando Vermelho no Amazonas, nas dependências do MJ, em 19 de março e 2 de maio deste ano.
Sendo em março, com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos de Flávio Dino; e, em maio, com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais. O nome dela não consta na agenda do Ministério da Justiça, mas a pasta confirmou a presença dela nas reuniões.
Nas redes sociais, Barros argumentou que o ministro "atentou contra a segurança interna do país". "Isso é causa expressa na lei para impeachment de ministro", continuou. Luciane foi denunciada pelo Ministério Público como integrante da facção criminosa por crimes como por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. A mulher foi condenada, mas recorre em liberdade.
"Tio Patinhas" é um criminoso que chegou a figurar no topo da lista dos mais procurados da polícia do Amazonas. Ele foi preso em dezembro de 2022 e cumpre 31 anos no presídio de Tefé (AM).
Segundo o jornal, Luciane costuma circular por Brasília acompanhada da advogada Camila Guimarães de Lima e da ex-deputada estadual pelo Psol Janira Rocha (RJ).