Lá está ele, o homem cordial. Um senador civilizado com quem pretende destruí-lo — ou então tudo não passa de jogo de cena entre amigos.
Moro foi um herói nacional por ter a coragem de prender, com “provas sobradas”, os grandes caciques da política nacional. Desde então, Moro foi ladeira abaixo.
Para “salvar sua biografia”, parece que deixou a vaidade tomar conta de tudo, mostrou-se um traidor não só de Bolsonaro, mas do Brasil, e agora banca o civilizado com seus supostos inimigos.
Política demanda contemporização, concessões, apertos de mão com adversários. Mas o simbolismo do ato “cordial” de Moro é bem diferente. Ele transmite a noção de promiscuidade, de falta de compreensão do que está em jogo, do que o povo espera da oposição ao projeto comunista corrupto em curso no país.
Firmeza, altivez, coragem, independência: essas são as virtudes exigidas de um líder de oposição diante de uma ditadura sendo instaurada, que já conta com um cadáver na prisão, além de jornalistas censurados e presos políticos.