A Caixa Econômica Federal fechou um contrato de R$ 3,27 milhões com o escritor e jornalista Antonio Carlos Bueno para atualização de uma coleção de livros institucionais. O acordo prevê a revisão e a adaptação de conteúdos já publicados, além da produção de novos volumes que retratam a história da instituição e de suas áreas de atuação.
Segundo os dados divulgados no portal de transparência, o contrato foi firmado sem concorrência ampla, dentro das hipóteses legais que permitem a contratação direta de autor reconhecido. A justificativa da Caixa é de que Bueno já havia produzido edições anteriores da coleção, o que garante continuidade editorial e consistência no estilo adotado.
As publicações devem compor o acervo oficial da Caixa e servirão para difusão institucional, distribuição a universidades, órgãos públicos e parceiros da área cultural. A atualização também incluirá a inserção de fatos recentes ligados à atuação do banco, como programas sociais e expansão em setores estratégicos.
Apesar da justificativa, o valor chamou atenção e gerou críticas em meio a um cenário de restrição orçamentária. Especialistas em gestão pública questionam a prioridade dada ao investimento, argumentando que a quantia poderia ser direcionada a programas de inclusão ou modernização tecnológica.
Antonio Carlos Bueno tem longa trajetória no jornalismo e é autor de diversas obras históricas e institucionais. Na Caixa, já atuou na produção de coleções comemorativas e livros de memória corporativa. O novo contrato estende essa parceria, mas reacende o debate sobre transparência e custo-benefício em contratações públicas.