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25/12/2023 às 08h53min - Atualizada em 25/12/2023 às 08h53min

No Natal do STF, a impunidade é o presente dos corruptos

Por Deltan Dellagnol

Na última terça-feira (19) e ontem (20), após o início do recesso do Judiciário e faltando poucos dias para as celebrações de Natal, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli deu um enorme presente natalino para Beto Richa, ex-governador do Paraná, e para a J&F, empresa dos irmãos Wesley e Joesley Batista.

Primeiro, Toffoli determinou a anulação de todas as investigações e processos criminais contra Beto Richa de uma tacada só, no atacado. Em seguida, Toffoli suspendeu a multa de R$ 10,3 bilhões aceita voluntariamente pela J&F, em decorrência de seus esquemas de corrupção, confessados em acordo com o Ministério Público Federal (MPF) e outros órgãos de controle.

Ambas as decisões vêm na esteira de uma outra decisão recente de Toffoli, que anulou as provas do acordo de leniência da Odebrecht, enterrando provas de corrupção contra 415 políticos de 26 partidos, incluindo quase um terço dos senadores e ministros e quase metade dos governadores da época em que o acordo foi firmado.

Toffoli, em sua sanha anti-Lava Jato, não se preocupa mais em decidir de acordo com as provas e com a lei faz tempo, aplicando, como fundamentação, narrativas fantasiosas do lulopetismo que carecem de qualquer comprovação. No caso da Odebrecht, por exemplo, mesmo depois que se comprovou falso o seu argumento de que não teria havido pedido de cooperação por intermédio do Ministério da Justiça, ele manteve a decisão.

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