Desprezando o assassinato de mães, pais e até bebês assados vivos em fornos, a pedido do embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, o Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apoiou a ação contra o Estado de Israel, movida pela África do Sul. O petista tomou a decisão nesta quarta-feira, 10.
A Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia (Holanda), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), deve analisar o caso ainda nesta semana.
O fato teve início na parte da manhã desta quarta, em uma reunião com Alzeben. Na ocasião, o presidente disse que ainda não tinha uma posição diante do apelo do diplomata para o apoiar a iniciativa sul-africana, que acusa as forças israelenses de promoverem "genocídio" na Faixa de Gaza, território palestino sob comando do grupo terrorista Hamas. A decisão foi anunciada horas depois, em nota do Ministério das Relações Exteriores.
Em comunicado, o governo Lula afirmou que apoia a iniciativa da África do Sul, "à luz das flagrantes violações ao direito internacional humanitário". Ainda, a nota afirmou que a ação foi um pedido à Corte Internacional de Justiça para Israel cessar "imediatamente todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados".