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08/02/2024 às 11h42min - Atualizada em 08/02/2024 às 11h42min

SURPREENDENTE: Cupom Fiscal ajudou Polícia desvendar feminicídio

Por Bianca Bertoli - NSC

A suspeita se confirmou e a Polícia Civil de Blumenau identificou um dos envolvidos no feminicídio de Paloma Almeida Floriano, de 33 anos. Os suspeitos teriam simulado um suicídio para tentar esconder o assassinato, mas a perícia encontrou ferimentos que não condiziam com a suposta causa da morte, o que resultou na investigação.

O crime aconteceu no final do ano passado. Segundo apurou a equipe do delegado Bruno Fernando, Paloma, que morava sozinha no bairro da Glória, foi vista pela última vez às vésperas do Natal e estava na companhia de dois homens. Dias depois, em 29 de dezembro, vizinhos a encontraram morta dentro de casa.

Apesar da cena ter remetido a um suicídio, o imóvel estava revirado, com as portas abertas e marcas de sangue no chão. A vítima também possuía ferimentos graves na cabeça.

Durante a perícia, os investigadores encontraram um cupom fiscal no lixo do imóvel, que indicava a compra de uma lasanha e garrafa de vinho em um posto de combustível da região ainda na noite do dia 24. Ao acessar as câmeras do estabelecimento, a polícia identificou o suspeito. Nas imagens foi possível constatar que ele vestia a mesma camisa que foi encontrada ensanguentada dentro da casa pelos peritos.

Usando tornozeleira eletrônica, o homem permaneceu na casa de Paloma até a manhã do dia 25, aponta ainda o delegado. O suspeito acabou preso em 12 de janeiro por conta de um roubo que teria cometido em outro momento. Com extensa ficha criminal, ele é suspeito de estuprar a irmã adolescente e agredir a esposa, além de participar de roubos e tráfico de drogas.

Bruno pediu a prisão preventiva por conta do feminicídio, mas como ele já estava detido foi necessário apenas chamá-lo para o interrogatório. Diante do delegado, ele teria assumido ter ido à casa de Paloma e furtado o celular dela, mas negou o assassinato. No entanto, deve ser indiciado pelo homicídio qualificado por impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio, furto e fraude processual, já que alterou o ambiente para enganar a polícia.

O outro envolvido ainda não foi identificado. Porém, o delegado acredita que realmente havia um segundo homem na residência no momento do crime e por isso as investigações continuam. O inquérito foi enviado ao poder judiciário na quarta-feira (7) para que o processo que cita o suspeito já possa ter andamento. A motivação do ocorrido ainda não está clara para a polícia.

De acordo com parentes, Paloma era de Minas Gerais, mas tinha saído de Palhoça, na Grande Florianópolis, para fugir de um ex-companheiro. Ela teria sido gravemente agredida pelo homem e conseguiu uma medida protetiva. Por ora, as investigações não encontraram ligação entre esse fato e o feminicídio em Blumenau, declarou o delegado.

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