A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro emitiu uma nota pública expressando indignação e descontentamento em relação às recentes ações da Polícia Federal que envolveram a realização de buscas em seu gabinete, bem como a prisão preventiva de algumas pessoas próximas ao ex-mandatário.
Segundo a nota dos advogados, Bolsonaro não endossou em momento algum ideias ou movimentos que pudessem atentar contra o Estado Democrático e as suas instituições. Apesar dessa posição, a defesa salienta que, desde março, seu cliente tem sido objeto de múltiplas operações que mantêm uma narrativa que eles consideram sem base em evidências sólidas e que vêm imputando ao ex-presidente suspeitas graves.
A defesa aponta ainda que, apesar da disposição e voluntariedade de Bolsonaro para atender a todas as convocações ordenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), lhe foi exigida a entrega de seu passaporte. Esse fato, segundo a nota, o priva de realizar viagens internacionais, numa medida qualificada pelos advogados como “desnecessária” e sem lastro nos requisitos legais e fáticos destinados a assegurar a ordem pública e o progresso regular das investigações.
Os advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten, que assinam o documento, reforçam que o ex-presidente tem se portado em estrito respeito às determinações da justiça.