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08/03/2024 às 09h48min - Atualizada em 08/03/2024 às 09h48min

O COMPANHEIRO: Toffoli anula atos de Sergio Moro contra 23 alvos 10 anos depois da Lava Jato

Prestes a completar 10 anos, no próximo 17/3, a Operação Lava Jato segue colhendo derrotas no STF. Nas mais recentes, entre a terça-feira (5/3) e essa quinta (7/3), o ministro Dias Toffoli anulou todas as decisões do ex-juiz federal Sergio Moro e ações da antiga força-tarefa da Lava Jato contra 23 alvos de processos e investigações relacionadas à operação.


Os beneficiados pelas decisões de Toffoli haviam sido atingidos pelas operações Integração, Quadro Negro e Piloto, que apuravam suspeitas de corrupção envolvendo o ex-governador do Paraná, Beto Richa, do PSDB. Em dezembro, o tucano já havia tido uma decisão favorável de Dias Toffoli com a anulação de processos contra si.


Toffoli considerou ter havido, nos casos envolvendo Richa, manipulações, atuação ilegal e “conluio” entre Justiça e MPF. As anulações incluíram a fase pré-processual, ou seja, de investigações.


Desde então, como mostrou a coluna, uma série de pedidos de extensão acabou por criar uma verdadeira fila de investigados nos mesmos casos, todos interessados no entendimento conferido por Toffoli a Beto Richa.


O ministro começou a despachar cada petição, individualmente, na terça e na quinta. Em todas elas, assim como na de Richa, declarou “nulidade absoluta” de todos os atos de Moro e da antiga força-tarefa da Lava Jato contra os alvos das apurações.


Entre os beneficiados com anulação das decisões de Moro e das investigações do MPF, estão a esposa de Richa, Fernanda Vieira Richa, e o filho do casal, André Vieira Richa. As ações envolvendo Fernanda e André foram trancadas por Toffoli.


A derrubada dos atos do ex-juiz, hoje senador, e dos procuradores pelo ministro do STF também favoreceu o contador do ex-governador, Dirceu Pupo; um ex-assessor de Richa, Ricardo Rached; um suposto operador de propinas do tucano, Jorge Theodócio Atherino; o advogado Rodrigo Tacla Duran, apontado pela Lava Jato como operador de dinheiro ilícito da Odebrecht; e representantes de concessionárias rodoviárias, como Daniel Ramos Victorino, Luiz Fernando Wolff de Carvalho, Gustavo Müssnich, José Terbai Jr, Ruy Sérgio Giublin e e Carlos Lobato.


Ainda há ao menos 11 pedidos semelhantes aguardando um final feliz pela caneta de Dias Toffoli, feitos em nome de 16 beneficiários, entre pessoas e empresas.


A fila inclui o ex-secretário de Assuntos Estratégicos Edson Casagrande; o ex-chefe de gabinete de Beto Richa, Deonilson Roldo; o ex-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER) e delator, Nelson Leal Júnior; e a Triunfo Participações e Investimentos.


Guilherme Amado – Metrópoles


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