A Justiça de Florianópolis condenou a esposa de Carlos Eduardo Martins e um comparsa a 16 anos de prisão por um brutal assassinato do advogado que ocorreu durante o Carnaval de 2022. A sentença foi proferida após um longo julgamento que envolveu seis réus, incluindo a própria esposa da vítima, que foi apontada como a mandante do crime.
Carlos Eduardo, um advogado gaúcho de 31 anos, foi torturado e morto em circunstâncias terríveis. De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, no dia 2 de março de 2022, a vítima foi atraída para uma casa no bairro Rio Vermelho, Norte da Ilha de Florianópolis, sob a premissa de adquirir cocaína. Lá, ele foi violentamente agredido com socos, golpes de faca, garfo e até um moedor de carne. A tortura culminou com a sua morte, após a qual seu corpo foi colocado em seu próprio carro, uma BMW, e abandonado em uma rua do mesmo bairro.
O veículo foi descoberto no dia seguinte com o corpo de Carlos Eduardo dentro. Segundo a investigação, enquanto o crime era cometido, a esposa da vítima e um dos acusados ficaram em outro local, aguardando o retorno do grupo. Após o crime, a esposa de Carlos teria fornecido roupas limpas e produtos de limpeza para os executores, a fim de remover vestígios de sangue do carro.
Durante as sessões de julgamento anteriores no início do mês, dois dos réus foram absolvidos, enquanto um terceiro foi condenado a 16 anos de prisão por homicídio e roubo qualificado. A mulher de Carlos, que supostamente ofereceu R$ 50 mil para cada pessoa envolvida na execução do marido, e outro cúmplice receberam a mesma pena por homicídio qualificado por motivo torpe, tortura e emboscada. Um sexto acusado foi absolvido.
Com a condenação, os réus responsabilizados permanecerão em regime inicialmente fechado, enfrentando longos anos de prisão pela participação no hediondo crime que chocou a comunidade e destacou uma trama macabra de traição e violência.