Naquele Brasil esperançoso, a Operação Lava Jato e seus desdobramentos seguiam drenando o pântano irrigado pelo escândalo do Petrolão, do qual era pinçado quase diariamente algum figurão da seita que tem em Lula seu único deus.
Num primeiro momento, devotos atarantados com a ofensiva anticorrupção celebraram a captura de um político que, antes da passagem pelo governo Temer, conseguira cinco mandatos de deputado federal, sempre pelo MDB, e posava de futuro dono da Bahia.
Como os redatores de primeiras páginas, os militantes petistas vislumbraram a chance de, finalmente, afirmar aos berros que sobravam casos de polícia também em outros partidos.
A sensação de alívio logo seria revogada pela exposição, na internet, do prontuário detalhado de Geddel — e pelas imagens do apartamento cofre.
No Brasil atual, Toffoli, ex-advogado do PT e enfiado no STF pelo próprio, livrou a cara de todos os ladrões confessos da Lava Jato. Menos Gedel.