O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que não seria surpresa se Adélio Bispo, autor da facada contra ele durante a campanha presidencial de 2018, voltasse para “concluir seu serviço”. Também levantou especulações sobre uma suposta ligação entre Bispo e o PCC (Primeiro Comando da Capital).
Em uma mensagem enviada em seus grupos de WhatsApp neste sábado (6.jul), Bolsonaro criticou o que chamou de negligência em investigações da PF (Polícia Federal), alegando que “nunca” tantos indícios foram ignorados.
“O delegado Rodrigo Morais enfatiza que Adélio não possui qualquer ligação com o PCC. São meras coincidências: Adélio, PCC, avião, Porsche, 200 milhões…”, escreveu Bolsonaro. Ele continuou, questionando: “Não pode ser simples coincidência o fato de o delegado, que nada fez para esclarecer o ataque cometido pelo ex-militante do Psol, ter sido nomeado para a mais alta diretoria da PF”.
A mensagem foi compartilhada depois que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) suspendeu a ida de Bispo a hospital psiquiátrico em Minas Gerais na 6ª feira (5.jul). Segundo a DPU (Defensoria Pública da União), houve um conflito de competência que impediu a transferência.
Atualmente, Adélio está na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). Em fevereiro, a Justiça determinou a transferência para um estabelecimento psiquiátrico. O processo criminal que o condenou, também o considerou inimputável por transtorno mental. Ele permanecerá no estabelecimento prisional até a solução da questão.
“Ele está blindado pelo Sistema e protegido pelo PCC. E a PF nada apura… exceto presentes, cartão de vacinação e ‘gópi'”, escreveu. “Ministério da Justiça determinou que fugas em presídios estão sob sigilo. Não se assustem se um Marcola aparecer na sua frente, ou se o Adélio concluir seu serviço contra Bolsonaro”.