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19/07/2024 às 07h00min - Atualizada em 19/07/2024 às 07h00min

PRESO POLÍTICO: PF diz não ter conseguido extrair dados de celular de Filipe Martins

A PF (Polícia Federal) nega ter extraído dados do celular de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), referentes ao período de 30 de dezembro de 2022 a 9 de janeiro de 2023, conforme decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
 
No ofício a Moraes, a PF diz que depois de 6 meses não conseguiu extrair dados dos 3 celulares apreendidos com Filipe Martins em 8 de fevereiro, data em que foi deflagrada a operação Tempus Veritatis.
 
Em 10 de julho, Moraes determinou que a PF informasse em 48 horas uso do celular de ex-assessor. A decisão se deu depois de a operadora Tim confirmar que aparelho esteve ligado no Brasil em 31 de dezembro de 2022, 1 dia depois da suposta viagem do ex-assessor com o ex-presidente para Orlando, na Flórida (EUA).
 
Na decisão, Moraes estabeleceu o período que desejaria ter informações do celular de FIlipe Martins: 1 dia antes da viagem de Bolsonaro aos EUA (30 de dezembro de 2022) e 1 dia depois dos atos extremistas do 8 de Janeiro (9 de janeiro de 2023).
 
DADOS DO CELULAR

 
Em petição a Moraes, o ex-assessor de Bolsonaro permitiu a quebra de seu sigilo telemático para comprovar sua permanência no Brasil, o que contraria o argumento da PF.
 
O horário de geolocalização do celular de Martins condiz com o horário da partida do voo para Curitiba, que os advogados dizem que o ex-assessor realizou em 31 de dezembro de 2022. A Latam confirmou que Filipe Martins embarcou para a capital paranaense.
 
PRISÃO E INDÍCIOS FRÁGEIS

 
O ex-assessor de Bolsonaro foi preso em 8 de fevereiro de 2024 na operação Tempus Veritatis e segue detido. A prisão foi autorizada sob o argumento da PF, aceito por Moraes, de que Martins estaria foragido e havia risco de ele fugir do país.
 
O “risco de fuga” teria sido embasado pela suposta viagem para a Flórida em 30 de dezembro de 2022, mas essa informação nunca foi comprovada pelas autoridades do Brasil nem dos Estados Unidos.
 
A informação de que Filipe Martins teria embarcado para os EUA, não havia sido confirmada – mas a prisão havia sido requerida mesmo assim.
 
Sobre “a localização do investigado” ser “incerta”, a PF desconsiderou fotos do ex-assessor de Bolsonaro publicadas em perfil aberto na internet.
 
Além disso, quando Martins foi preso, a PF soube onde procurá-lo: no apartamento de sua namorada em Ponta Grossa (PR), a 117 km de Curitiba –logo, o seu paradeiro era conhecido. Ele hoje está no Complexo Médico Penal de Pinhais (PR), o mesmo onde ficavam os presos na operação Lava Jato.

 
 
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