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04/08/2024 às 17h23min - Atualizada em 04/08/2024 às 17h23min

Ex-chefes de Estado pedem que Lula reconheça vitória de Urrutia

Um grupo de 29 ex-chefes de Estado pediu nesta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que reconheçam a vitória de Edmundo González Urrutia nas eleições do último dia 28 na Venezuela.

Em carta enviada a ambos os presidentes na última sexta-feira (2), os membros da chamada Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea) relataram as limitações impostas pelas autoridades eleitorais venezuelanas durante todo o processo “minado” que terminou com as eleições.

Os ex-chefes de Estado enfatizaram que, embora o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país tenha declarado o ditador Nicolás Maduro como vencedor, o candidato da oposição e a líder opositora María Corina Machado, tornaram públicos 81% das atas de votação que dão Urrutia como vencedor com 67% dos votos, em comparação com 30% obtidos por Maduro.

– A única coisa que pode ser feita é reconhecer o status de Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela, após a verificação por órgãos técnicos eleitorais internacionais – argumentam.

Eles descreveram como “grave” o comportamento do governo venezuelano como “repressão, resultando em mortes, ferimentos, prisões e desaparecimentos, de seu povo, que está simplesmente exigindo respeito à sua vontade soberana”.

Os ex-chefes de Estado também lamentaram que o governo de Maduro tenha ordenado a “prisão do presidente eleito e de Machado, que o apoia”.

Os presidentes enfatizaram que não se trata apenas de um dilema sobre uma possível fraude eleitoral ou de um escrutínio pendente de conclusão, mas de “um ato ou comportamento que, de forma flagrante e gritante, destrói e desrespeita a ordem constitucional e legal por meio de uma grave alteração da democracia”.

Eles pedem a Lula e Petro que entendam que, se esse precedente for aceito, será um exemplo que afetará todas as democracias da região.

Entre os signatários da carta estão a ex-presidente do Panamá, Mireya Moscoso, e o boliviano Jorge Tuto Quiroga, que foram impedidos pelas autoridades venezuelanas de voar do Panamá para Caracas, onde pretendiam participar como observadores eleitorais nas eleições.

Na última sexta, o CNE venezuelano reafirmou que Maduro foi reeleito no pleito de domingo passado com 51,95% dos votos, contra 43,18% de Urrutia, com 96,87% das atas apuradas.

CONFIRA OS INTEGRANTES DO GRUPO:

– Mario Abdo, Paraguai
– Oscar Arias, Costa Rica
– José María Aznar, Espanha
– Nicolás Ardito-Barletta, Panamá
– Felipe Calderón, México
– Rafael Ángel Calderón, Costa Rica
– Fernando Henrique Cardoso, Brasil
– Laura Chinchilla Miranda, Costa Rica
– Jean Chrétien, Canadá
– Alfredo Cristiani, El Salvador
– Eduardo Duhalde, Argentina
– Iván Duque Márquez, Colômbia
– José María Figueres, Costa Rica
– Vicente Fox, México
– Federico Franco Gómez, Paraguai
– Eduardo Frei, Chile
– César Gaviria, Colômbia
– Felipe González, Espanha
– Lucio Gutiérrez, Equador
– Osvaldo Hurtado L., Equador
– Luis Alberto Lacalle, Uruguai
– Ricardo Lagos, Chile
– Guillermo Lasso Mendoza, Equador
-Mauricio Macri, Argentina
– Jorge Jamil Mahuad, Equador
– Hipólito Mejía, República Dominicana
– Carlos Mesa G., Bolívia
– Lenin Moreno, Equador
– Mireya Moscoso, Panamá
– Andrés Pastrana, Colômbia
– Ernesto Pérez Balladares, Panamá
– Sebastián Piñera, Chile
– Jorge Quiroga, Bolívia
– Mariano Rajoy, Espanha
– Miguel Ángel Rodríguez, Costa Rica
– Julio M. Sanguinetti, Uruguai
– Luis Guillermo Solis Rivera
– Alejandro Toledo, Peru
– Álvaro Uribe, Colômbia
– Juan Carlos Wasmosy, Paraguai

*EFE

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