Penalidades para Pichadores: O Peso da Lei Contra o Vandalismo Urbano

Por Fábio Roberto de Souza

    21/02/2025 17h49 - Atualizado há 4 meses

    Nos últimos anos, o combate à pichação tem sido uma prioridade em diversas cidades brasileiras, que buscam coibir a degradação do patrimônio público e privado.

    A prática, considerada crime ambiental no Brasil, está sujeita a penalidades que variam de multas a penas de reclusão, dependendo da gravidade da infração.

    A Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) estabelece em seu artigo 65 que pichar, grafitar ou por qualquer meio conspurcar edificação ou monumento urbano é crime. As penas para essa infração incluem detenção de três meses a um ano e multa, podendo ser agravadas caso a pichação seja realizada em locais tombados ou de valor histórico.

    Além da legislação federal, estados e municípios vêm adotando medidas mais rigorosas para punir os infratores. Em algumas cidades, as multas para pichadores podem ultrapassar R$ 10 mil, especialmente quando o ato de vandalismo compromete o patrimônio histórico ou cultural. 

    Um dos principais desafios na aplicação da lei é a identificação dos responsáveis pela pichação. Para isso, muitas cidades têm investido em monitoramento por câmeras, denúncias anônimas e parcerias com a Guarda Municipal. Além disso, ações educativas são promovidas para conscientizar a população, diferenciando a pichação do grafite autorizado, que é reconhecido como expressão artística e cultural.

    Os infratores flagrados em atos de pichação frequentemente precisam arcar com os custos da limpeza das superfícies danificadas, além de responder judicialmente pelo crime. Em casos reincidentes, as penalidades podem ser ainda mais severas, incluindo a obrigatoriedade de prestação de serviços comunitários para reparar os danos causados.

    Especialistas em segurança urbana defendem que a punição, aliada a programas de arte urbana e grafitagem legalizada, pode ser uma solução eficaz para reduzir o número de ocorrências e estimular formas de expressão que não prejudiquem o patrimônio coletivo.

    Com o aumento da vigilância e das penalidades, autoridades esperam inibir a prática da pichação e reforçar o respeito ao espaço público, garantindo cidades mais limpas e preservadas para todos.

    Em Brusque(SC), por exemplo, a Prefeitura estuda a possibilidade de pagar recompensa de R$ 1000,00 para quem denunciar atos de pichação, incentivando a colaboração da população no combate ao vandalismo.

    Coibir a pichação é responsabilidade de todos e a sociedade brasileira vem demonstrando que não suporta mais esse ato criminoso.

     


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