O ex-diretor-geral adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha afirmou nesta terça-feira (27), em depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), que enviou alertas sobre risco de ações violentas para outros órgãos de inteligência do governo federal no dia 7 de janeiro de 2023, na véspera da manifestação do dia 8 que resultou na invasão e depredação das sedes dos Poderes.
Ele relatou que, no dia 8 de janeiro, pouco após meio-dia, recebeu ligação do então secretário de segurança do STF, Rogério Galloro, que é delegado e já foi diretor-geral da Polícia Federal. Segundo Saulo Moura da Cunha, Galloro pediu contato do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), pasta da Presidência da República responsável pela proteção do Palácio do Planalto, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua família.
No depoimento, o ex-diretor da Abin contou que o primeiro alerta sobre convocações para a manifestação do dia 8 de janeiro foi emitido no dia 2, para um grupo do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), composto por representantes de setores de inteligência do GSI, Marinha, Aeronáutica, Ministério da Defesa, Ministério da Justiça e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Segundo ele, até o dia 5, os alertas informavam sobre uma adesão baixa para o ato. “Mas começavam a aparecer, a partir do dia 5, em alguns grupos mais extremistas, convocação para ocupação e ações violentas”, relatou Saulo Moura da Cunha no depoimento, realizado dentro da ação sobre a suposta tentativa de golpe em 2022.
Por isso mandaram o Lula para Araraquara e deixaram acontecer? Aconteceu ou aproveitaram a informação para plantar infiltrados?