Pré-candidato à reeleição, o senador Esperidião Amin (PP) acredita que se estabelecer candidaturas ao Senado, sem definir o que qualifica de “definição-mãe” para presidente da República e governador é prematuro.
Na avaliação de Amin, sem que esteja confirmada a composição de chapas de centro-direita, nem para ele nem os demais nomes que foram divulgados estão garantidos, porque não há fato consumado. E ainda há a composição de candidatos a vice, tanto para presidente quanto para governador.
Nos últimos dias, o nome do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) figurou entre os prováveis indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para concorrer em Santa Catarina. A deputada federal Júlia Zanatta levantou uma questão para os conservadores de que as duas vagas ao Senado serão de direita e inegociáveis por parte do PL catarinense, já que devem ser escolhidas por Bolsonaro, que a citou como alternativa, assim como a deputada federal Caroline de Toni (PL).
Já no campo da eleição proporcional, Amin não vê dificuldades maiores, pois cada partido indicará a respectiva nominata. E acrescenta que, em Santa Catarina, “tudo será pautado pelo candidato de centro-direita: se Bolsonaro superar a inelegibilidade será um cenário, caso não consiga, haverá outras candidaturas”.
Perspectiva catarinense envolve Jorginho e João
Para Amin, se Jorginho Mello (PL) costurar uma aliança com todos os partidos que estão próximos a ele, no governo e na Assembleia, terá condições de estabelecer uma vantagem no jogo eleitortal. O desafio de João Rodrigues (PSD) é buscar outras costuras para viabilizar o projeto.
Se ambos se acertarem, fica a dúvida sobre João renunciar à prefeitura para concorrer ao Senado, o que mudaria as perspectivas dos nomes já colocados como possíveis candidatos.
Amin faz uma previsão: “quando setembro vier, a primavera que nos traz flores e luzes deixará algo mais claro (na política)!”.
O senador do PP acredita que está “do lado certo” e que condiciona a candidatura à reeleição a duas questões: “saúde e que haja na chapa que o meu partido”. Amin pondera que a “composição depende de fatores decisivos”. Se Bolsonaro for candidato, superar a inelegibilidade, o quadro será um no Estado, caso contrário, o ex-presidente precisará tomar decisões.
Inquérito contra Bolsonaro “está em crise”
Amin foi uma das testemunhas de defesa arroladas por Jair Bolsonaro e pelo ex-ministro Anderson Torres, no inquérito do suposto golpe de Estado, que corre no Supremo Tribunal Federal, e saiu com a nítida certeza de que tudo que não condiz com a “prensa” da relatoria do processo, não vale em juízo.
Como Bolsonaro sairá do inquérito, que, para Amin, está em crise, mais as ilações internacionais, serão definitivos para o futuro do líder da direita. “Hoje, se faz equações com mais de duas variáveis”, alerta Amin, que concluiu ser este um traço que torna a análise política interessante.
“Se não fosse isso, a vida seria um tédio”, disparou o senador ao citar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que reconhece com um grande desarmador de crises.
PP faz ações regionais com os ares da federação
Em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, o PP encerrou a décima etapa do ciclo de encontros regionais para 2026. A agenda reúne filiados e também traça detalhes para a preparação da Federação, que reúne PP e União Brasil, a maior bancada da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
O presidente estadual do Progressistas, Leodegar Tiscoski; o senador Esperidião Amin (PP) e o secretário nacional da sigla, o riosulense Aldo Rosa, participaram do encontro com líderes regionais. Os três também estiveram com o prefeito de Rio do Sul, Manoel Arisoli Pereira (PL), e, em Ituporanga, visitaram o ex-prefeito Gervásio José Maciel, que também foi deputado estadual.
Na federação, PP e União poderão lançar nominatas conjuntas a deputado estadual e federal, e fazer coligações majoritárias com outros partidos políticos, mas não os partidos integrantes de forma isolada.