A “jararaca” Lula em modo Mortal Kombat

Por Ricardo Kertzman

    04/07/2025 14h41 - Atualizado há 11 horas

    Particularmente, jamais, em tempo algum, e quem me acompanha nestes pouco mais de 20 anos escrevendo publicamente sabe disso, acreditei, nem por meio segundo, no espírito democrático e republicano de Luiz Inácio Lula da Silva, ou somente Lula, seja como sindicalista – e há livros detalhando o quão aguerrido “em defesa dos pobres e oprimidos” ele era – e “dono” do Partido dos Trabalhadores, seja ainda como político profissional (presidente de partido, deputado federal e presidente da República).

    Não é à toa que, hoje, o PT padece de absoluta falta de líderes nacionais. Lula jamais permitiu a verdadeira ascensão de qualquer militante petista. Sempre foi – e sempre será, até que a finitude lhe colha –  a única estrela a brilhar (?) na legenda. E pouco importa, ou importou, sua trajetória desnudada pelos escândalos do mensalão e petrolão, e pela prisão na Lava Jato, posteriormente revertida por parte da Suprema Corte. O Rei Sol petista, “o cara”, de Barack Obama, a “ideia”, segundo ele mesmo, continua triunfante.

    O precursor tupiniquim do odiento “nós x eles”, ovo da serpente – olha a jararaca aí, gente! – do bolsonarismo radical, tão ou mais virulento e antidemocrático que a extrema esquerda sempre às ordens do chefão do PT, que se elegeu, em 2002, sob a bandeira da luta de classes, e que, desde então, jamais desceu do palanque divisionista, atirando pobres contra ricos (exceto os bilionários amigos, que bancavam suas palestras e outras mordomias), trabalhadores contra empresários e até pretos contra a elite loira de olhos azuis.

    Ele faz tudo sempre igual

    Já antes de sua terceira eleição, Lula carregava no olhar o ódio e o revanchismo. Nas entrelinhas, enquanto prometia unificar o país, jurava vingança. Até hoje, bem a seu modo político cínico de ser, prega “união nacional” enquanto chama o ex-presidente Jair Bolsonaro (não sem razão, é verdade), de golpista e covarde: “Você viu que ele é um covardão? Você viu o depoimento dele? Ele estava com os lábios secos e estava quase se borrando. É muito fácil ser corajoso dentro de casa, no celular falando mal dos outros.”

    Sob suas ordens e bênçãos, o governo federal iniciou uma campanha mentirosa em favor do aumento de impostos, atacando os BBB: bilionários, banqueiros e Bet’s (plataformas de apostas). O governo perdulário, fiscalmente irresponsável, incompetente e leniente com a corrupção – outra vez! -, haja vista o roubo bilionário dos aposentados e pensionistas do INSS, tenta fazer a população acreditar em justiça tributária através do aumento do IOF, derrubado pelo Congresso e sub judice no STF.

    Ocorre que, no caso, o Imposto sobre Operações Financeiras, ainda que atinja grandes bancos e instituições financeiras em geral, acerta em cheio no bolso do trabalhador pobre, uma vez que incide sobre operações de crédito (crediário, cartões de crédito, apólices de seguro etc.). Além disso, todo e qualquer aumento de impostos sempre acaba repassado aos preços de bens e serviços, alimentando a inflação e corroendo ainda mais o poder aquisitivo. Mas, ironizando o bordão bolsonarista, “Isso o Lula não mostra”.

    Baixeza e baixaria

    Já há alguns dias, a ordem unida no PT é, mais uma vez, investir na falsa luta de classes. Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias, Fernando Haddad e, claro, o próprio Lula, passaram a investir na falácia separatista de que os ricos não pagam – e não querem pagar – impostos, e que os pobres são os penalizados pela avareza dos “bilionários capitalistas malvados”. Enquanto isso, Janja esbanja, e uma penca de amiguinhos do governo torra nossa grana no Gilmarpalooza em Lisboa. 

    O último ataque, ainda que apócrifo – quem é covardão mesmo, Lula? -, contra os “bilionários malvados”, e especialmente contra o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos) – neste caso, mais que merecido, pois fez picadinho do discurso fajuto de “luta pela sociedade”, já que ele e seus pares vêm aprovando leis extremamente danosas ao país, e muitas em benefício próprio e de setores amigos -, chegou através de vídeos distribuídos em redes sociais. Aliás, pode isso, STF?

    A reação tem sido extremamente negativa e forte contra o governo, e tende a piorar ainda mais o ambiente político. Hugo Motta declarou que não irá aceitar estes ataques e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), fez duras críticas ao presidente, “Lula prega agressividade, ódio e divisão do país”. Lula e o PT, novamente, mostraram quem são e o que jamais deixarão de ser. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que o diga – ainda que, provisoriamente, pareça ter se esquecido.


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