A matéria publicada hoje (12 de junho de 2025) pela revista Veja, assinada por Robson Bonin e Laryssa Borges, reporta que o tenente‑coronel Mauro Cid mentiu deliberadamente em seu depoimento ao STF.
O que Veja revelou
Durante o depoimento, Cid afirmou que não usou perfil em rede social e não se comunicava sobre sua delação por meios digitais. Mas a revista teve acesso a mensagens trocadas entre 29 de janeiro e 8 de março de 2024, nas quais ele fazia o oposto—discutindo detalhes do depoimento, reclamando da PF e compartilhando bastidores .
O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, questionou Cid se ele havia usado um perfil no Instagram; Cid negou, mas gaguejou ao ser perguntado sobre o perfil @gabrielar702—que, segundo a revista, pertencia à esposa dele.
Além disso, as mensagens demonstram que ele manteve uma postura bimodal: dava uma versão à Polícia Federal e outra, contrária, em grupo próximo a Bolsonaro—o que configura contradição significativa, podendo — conforme o texto — implicar na revogação do acordo de delação premiada.
A matéria mentiu?
Não. A matéria não mentiu — ela na verdade acusa Cid de ter mentido. Trata-se de jornalismo investigativo que apresentou provas (as conversas digitais) e cruzou com o que foi dito no STF. Ou seja, Veja não mentiu: apresentou evidências claras de que Cid mentiu.
Outras fontes também repercutiram a acusação. O UOL noticiou que o general Braga Netto afirmou que “Cid mentiu em várias ocasiões em sua delação e depoimento” .
Colunas da Veja detalham ainda as “mentiras” nos interrogatórios — Chamam atenção para as mensagens nas redes sociais, o perfil não oficial e a divergência de versões .