Alexandre de Moraes determinou a prisão de Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial da Presidência no governo Jair Bolsonaro. Na decisão, o ministro aponta descumprimento de medidas cautelares no inquérito que investiga suposta organização criminosa acusada de planejar um golpe de Estado.
Segundo Moraes, Câmara violou proibições de usar redes sociais e de contatar outros investigados, ações que demonstram “desprezo” pelo Judiciário. Moraes destacou que as condutas de Câmara sugerem continuidade de práticas ilícitas, agravando sua situação na Petição 12.100/DF, uma das principais frentes da investigação sobre a suposta trama golpista.
Advogado na Mira
Moraes também abriu inquérito contra Eduardo Kuntz, advogado de Câmara, por suspeita de obstrução à Justiça. O magistrado identificou indícios de que Kuntz tentou acessar informações sigilosas do acordo de colaboração de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Para Moraes, a conduta reforça os riscos da liberdade de Câmara e aponta para tentativa de interferir nas investigações.
Kuntz apresentou ao STF mensagens trocadas com o Cid, ex-ajudante entre janeiro e março de 2024, por meio do perfil de Instagram @gabrielar702, supostamente operado por Cid, que estava proibido de usar redes sociais e de contatar outros investigados.