O vendedor de yakisoba conhecido como Xau, que trabalhava na Pavuna, zona norte do Rio de Janeiro, confessou à Polícia Civil ter estrangulado a jovem Marcelle. O caso, tratado como feminicídio, ainda levanta dúvidas sobre as circunstâncias da morte.
Segundo a investigação, Marcelle chegou à casa de Xau na comunidade Beira Rio no dia 12 de junho. Em depoimento, o acusado disse ter acordado na manhã seguinte com a jovem desacordada e com uma marca roxa no pescoço.
Questionado pelos policiais, o vendedor de yakisoba admitiu que a estrangulou, embora tenha alegado não se lembrar exatamente do que aconteceu.
Após perceber que Marcelle estava morta, Xau levou o corpo para outra residência de sua propriedade, que está em obras, também na comunidade Beira Rio.
Câmeras de segurança registraram a jovem entrando na casa do acusado e, mais tarde, imagens mostram o corpo sendo retirado do local. A movimentação foi crucial para reforçar os indícios contra ele.
Prisão em São Paulo e transferência
O acusado foi localizado em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo. A prisão foi possível após a polícia rastrear um tablet vinculado ao celular de Xau.
Ele foi transferido para o presídio de Benfica, no Rio de Janeiro, onde aguarda audiência de custódia. A prisão foi registrada como feminicídio.
Apesar da confissão, a Polícia Civil segue apurando os detalhes do crime, incluindo se houve premeditação, tentativa de ocultação de provas e se Xau agiu sozinho.
Familiares e amigos de Marcelle cobram respostas e justiça, enquanto o caso avança com a tipificação de feminicídio, quando a mulher é morta em razão do gênero.